O Livreiro De Cabul
(Asne Seierstad)
"O Livreiro de Cabul" apesar de ser um livro de não-ficão, traz relatos, com um estilo literário, dos três meses em que a jornalista noruguesa Asne Seierstad conviveu com uma família afegã. O livro, que tornou-se um best-seller já vendido para mais de 30 países chega ao Brasil já na relação dos livros mais vendidos em não-ficção. O livreiro a que o título se refere é Sultan Khan, nome fictício dado ao homem a quem Seierstad conheceu depois de vários meses fazendo a cobertura da guerra contra os talibãs. A jornalista viu em Khan aparentemente a oportunidade de revelar uma outra faceta do país, uma vez que Khan é um homem aparentemente liberal, que resistiu aos comunistas e ao Talibã para manter a sua livraria aberta. É uma tentativa de mostrar uma outra faceta do Afeganistão, diferente daquela dos comandantes, soldados e das vítimas da guerra que a jornalista já havia entrevistado anteriormente. A jornalista Seierstad teve a oportunidade de conviver, na casa do livreiro, com sua esposa, cinco filhos e outros parentes diversos, com quem acabou dividindo os quatro cômodos da casa. Tendo chegado no país com a "roupa do corpo", ao mesmo tempo sofreu e tirou proveito da burca ("aperta e dá dor de cabeça, enxerga-se mal através da rede bordada") para circular incógnita em mercados, ônibus e até mesmo em um banho público de Cabul. A sorte da jornalista foi poder falar o inglês com alguns membros da família, uma vez que não falava o dialeto persa da família. Assim, pôde anotar relatos sobre a infância deles, sobre seus casamentos e suas memórias de guerra. Mesmo quando testemunhou o filho adolescente de Khan ser obrigado a trabalhar 12 horas por dia, sem poder estudar, a jornalista jamais se intrometeu nos conflitos familiares ? mantendo a idoneidade jornalística. Até quando o autor decidiu enviar a sua primeira mulher no Paquistão para casar-se com uma menina de 16 anos. O resultado do livro não se tem somente com sua leitura. A autora partiu par uma ação mais concreta para ajudar os afegãos: doou US$ 200 mil (cerca de R$ 450 mil), que são parte dos ganhos com seu livro, para construir uma escola para 600 garotas nos arredores de Cabul. Khan, cujo verdadeiro nome é Shah Mohammad Rais, em um primeiro momento ameaçou processar Seierstad. Acabou, no entanto trocando o tribunal por um contrato com um editor norueguês, para um livro com o título "Eu Sou o Livreiro de Cabul".
Resumos Relacionados
- O Livreiro De Cabul
- O Livreiro De Cabul
- O Livreiro De Cabul
- O Livreiro De Cabul
- O Livreiro De Cabul
|
|