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A triste história de Eloá e de Nayara.
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Não é hora de culparmos profissionais por estarem cumprindo suas funções. A atividade policial, sem dúvida, possui especificidades dificilmente compreendidas por aqueles que não estão diretamente envolvidos. Conheço os métodos de trabalho do GATE e sei que seus integrantes são profissionais habilitados. Aqueles que conhecem Segurança Pública sabem, também, que o Gerenciamento de Crises, com as características daquela ocorrida em Santo André, possui múltiplas dificuldades, que ensejam decisões difíceis a cada minuto...
 
As tensões a que todo o grupo, que gerencia crises como esta, está sujeito são terríveis e angustiantes. Mas, a despeito do respeito e da credibilidade que estes profissionais merecem, duas questões precisam e devem ser respondidas: a primeira trata exclusivamente do retorno da menina Nayara ao palco das operações – ela já estava a salvo e por mais exigência que o criminoso fizesse no sentido da mesma retornar ao cárcere privado, jamais poderia ser atendido. É princípio no trato de casos como estes que o policial negociador deve atender apenas as necessidades (alimentação, água, socorro médico) e nunca a desejos e, muito menos, a absurdos (como este malfadado retorno ao risco de uma vítima já em segurança). Também não se justifica a afirmação de que supostamente a adolescente voltara ao palco dos acontecimentos por vontade própria... o isolamento que se faz em casos como este, serve – justamente – para delimitar uma área de operações exclusiva da polícia, na qual não cabem movimentos ou atos não autorizados.
 
A segunda questão é referente ao tempo para a solução do caso: se houve oportunidade para se livrar, definitivamente do meliante, num desfecho que não é o mais adequado – a oportunidade de alvejá-lo, como mostraram exaustivamente as redes de televisão – pois a morte não é a solução que a sociedade espera e, sim, que o criminoso pague seus crimes numa cadeia, mas – ainda assim – não teria sido melhor ficarmos com o cadáver do criminoso, que de alguma forma assumiu o risco pelo seus atos – que o cadáver de uma menina de quinze anos, vítima dos atos insanos? É claro que se tivéssemos “bola de cristal” só faríamos as coisas certas... mas, mesmo assim, as perguntas são difíceis de não serem feitas.
 
Talvez as dimensões destas questões exijam respostas baseadas nas reflexões de todos nós – enquanto sociedade – como, por exemplo, a implantação de um verdadeiro programa de qualidade nas polícias.



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