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Crise nos EUA. E no Brasil?
(Diego Coletti Oliva)

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Hoje eu poderia falar um pouco mais sobre jornalismo, sobre o contraste da cobertura dada às olimpíadas em relação à dada às para-olimpíadas, e do contraste também do aproveitamento brasileiro nas duas competições.
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Poderia também falar novamente sobre violência, sobre o fato de o Brasil ser o único país da América Latina onde a violência institucionalizada, aquela exercida pelo próprio Estado, aumentou nos últimos 30 anos, só lembrando que há 30 anos vivíamos numa Ditadura Militar.
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Poderia também aproveitar o fato de esta ser a última coluna antes das eleições municipais e relembrar o quanto a democracia pode funcionar desde que o povo se conscientize de seu poder e tome a decisão certa no próximo dia 5 de outubro.
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Mas não quero ser chato nem tampouco repetitivo, por isso na coluna de hoje vou falar sobre outro assunto, um assunto que tem deixado alguns preocupados e outros rindo à toa: a crise econômica estadunidense (sim, estadunidense porque americanos somos todos, afinal América do Sul também é América).
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Muitas pessoas viram na TV que o segundo maior banco dos Estados Unidos quebrou, e que o governo Bush busca uma forma de conter a crise, e se assustam sem saber o que diabos está acontecendo por lá, e principalmente se isso vai ou não vai afetar a gente por aqui, e é isto que eu vou tentar deixar mais claro hoje.
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A crise econômica realmente pegou os EUA, desde o começo do ano nossos queridos norte-americanos têm sofrido com uma crise que se agravou nos últimos meses, mas afinal, de onde veio essa crise? Da especulação imobiliária.
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Até o ano passado os EUA adotaram uma política de empréstimos de alto risco para aquisição da casa própria. Os bancos emprestavam dinheiro às pessoas com histórico de inadimplência e para compensar o risco de não serem pagos cobraram juros mais altos.
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Acontece que alguns bancos viram aí uma grande oportunidade de ficar ainda mais ricos com as elevadas taxas de juros e compraram muitos títulos. Alguns especuladores imobiliários foram atrás e também compraram muitos desses títulos para repassarem a terceiros, dessa forma o dinheiro acabava sendo emprestado uma segunda vez, antes mesmo de o primeiro empréstimo ser pago.
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E nessa história de pode emprestar porque os juros são altos, os americanos com histórico de inadimplência fizeram jus ao seu passado e não pagaram. Foi aí que as coisas começaram a complicar. O cliente não pagou ao especulador, que não pagou ao banco, que não pagou aos seus credores, e os juros elevados não salvaram ninguém, afinal ninguém estava pagando esses tais juros.
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Dinheiro vai, dinheiro não vem, os grandes bancos que tinham investido muito dinheiro nessa política acabaram não tendo escolha a não ser vender seu patrimônio a preço de banana ou pedir concordata.
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E é aí que você se pergunta, Onde é que o Brasil entra nessa? Será que isso vai afetar a nossa economia de alguma forma? Será que 2009 vai ser uma reprise de 1929?
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Bom, isso eu já não posso responder com certeza, mas os nossos economistas dizem que não, eles dizem que nossa economia é estável e independente o suficiente para sobreviver a isso, e mesmo nos EUA as medidas tomadas pelo excelentíssimo presidente Bush parecem que vão amenizar os efeitos da crise.
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Será mesmo? Será que já não estamos sentindo alguns efeitos? Afinal, há algum tempo não se ouvia a palavra inflação no Brasil, pelo menos não assumidamente saindo da boca de nossos governantes.
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Uma crise na economia estadunidense com certeza afeta todas as economias do mundo capitalista, afinal este é o preço da globalização e não há como evitar. A crise dos EUA gerou uma menor liquidez em seu mercado, ou seja, menos dinheiro pra gastar, o que significa fazer menos importações, ou seja, menos dinheiro norte americano nos mercados internacionais, entre eles o Brasil.
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Ainda assim, vale ressaltar que a alta nos preços dos alimentos que enfrentamos por aqui não tem relação direta com a crise imobiliária nos EUA, mas isso é outro assunto que vai ter que ficar pra depois.
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Por mais que eu goste da idéia do fim da hegemonia econômica dos EUA, é melhor que eles não sofram muito com essa crise e que as medidas tomadas pelo Sr. Bush dêem certo, porque se doer demais no bolso deles, com certeza vai doer também no nosso, e nós bem sabemos que o bolso do estadunidense agüenta bem mais do que o bolso do brasileiro.
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Diego Coletti Oliva, 22 anos, de olho nos EUA, Estudante de Ciências Sociais na UNESP de Araraquara, Escritor nas horas vagas e pretenso Jornalista.



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