Happy Feet - O Pingüim
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Happy Feet – análise – a vitória da diferença.
A animação, no melhor estilo musical, traz à tona uma questão: o diferente em meio a uma sociedade padronizada.
Mano, o pingüim dançarino, não dispõe do recurso necessário para ser aceito em seu meio: a canção. Sem isto não conseguirá um par, já que os machos literalmente cantam as fêmeas e estas escolhem a canção vencedora.
A sociedade tenta lhe ensinar e impor o canto, mas seu talento para isto está igual ao ambiente, abaixo de zero. Tal incapacidade de se ajustar o leva a ser rejeitado pelos seus e a ser a vergonha do pai. Este ainda convive com o sentimento de culpa, achando que uma falha sua no passado foi a razão da “deficiência” do filho. Familiar? Você certamente já ouviu a frase “onde foi que eu errei?” partindo de um pai desconsolado por seu filho ser “daquele jeito” (surdo, cego, homossexual, bailarino,...)
Longe de ser uma deficiência, o que o nosso pingüim tem é uma linguagem tão boa quanto a canção: a dança. É através dela que ele procura se expressar, conseguindo mesmo alguns que a aceitam espontaneamente. Mas logo é reprimida pelos anciões (classe dominante). O bando sempre sobreviveu daquele jeito. E em um tempo de crise (fome) tais mudanças poderiam ameaçar a existência da espécie. Só mais tarde, quando a mudança se mostra proveitosa, é que ela é aceita.
Entre nós basta lembrar que os surdos até pouco tempo atrás eram repreendidos e mesmo proibidos de usarem a linguagem de sinais, principalmente nas escolas. Hoje as coisas estão mudando. Afinal eles são em considerável número, produzem e têm dinheiro para por nos bancos...
O filme tem o mérito de mostrar que se o diferente for aceito, ele pode fazer a diferença.
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