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História DE MULHERES
(GEORGE DUBY Y MICHELLE PERROT)

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  A MULHER ESPOSA
por Sousa Farias *
 
As mulheres esposa, surgem do matrimónio, resultado de uma relação de afectos bem conseguida e constituem por si só, um elemento preponderante e decisivo  na dinâmica do sistema social em que se inserem. Há mulheres esposa se houver maridos, constituindo-se assim o casal. Por definição, a figura central do casal, a quem a mulher esposa deverá  amar, constituindo a sua obrigação primeira e acima de todas, é o marido. O amor conjugal é o amor verdadeiro carregado de dedicação e respeito. Neste campo, diremos que a mulher ama perfeitamente quando, deslumbrada por esse sentimento, perde   a dimensão  da realidade e fica certa que nenhum é mais forte nem mais belo do que o seu esposo.
Na Idade Média afirmava-se que o marido amava mais  do que a mulher e amava com um amor mais nobre e  distinto, uma vez que   o marido estava para a mulher como o superior para o inferior, como o perfeito para o imperfeito, como aquele que dá para  aquele que recebe, como o benfeitor para o beneficiado.
Mas amar o marido é uma atitude que poderá cair no âmbito de uma  honrada submissão  voluntária, mas, se a atitude  de amar não for espontânea  e voluntária, converte-se numa obrigação de amar o marido, condição que lhe é imposta como essencial derivada de ser esposa, revelando-se uma tarefa ingrata e marca de inferioridade.
A mulher é condenada a amar, de um modo total mas errado, num esforço contínuo de inadaptação  a um amor que ela não tem para dar, constituindo-se como um objecto  passivo deste suposto amor, que ela, apesar de tudo, deve fazer-se amar, para evitar que o marido a desconsidere, já que muitas vezes é pedido à mulher uma muda  e total obediência.  
Saber escolher uma boa mulher, ou, uma mulher bem preparada para o bom desempenho de esposa, parece-me ser a primeira dificuldade do candidato a marido e o primeiro pressuposto para se iniciar correctamente a vida matrimonial.
A tarefa  não é fácil mas poder ser ultrapassada com o auxílio de alguns atributos. .A riqueza do dote é quase completamente irrelevante, mas a origem familiar, os costumes honestos, a beleza exterior, a idade (que deve ser substancialmente semelhante num  e noutro membro para garantir   homogeneidade no casal), são elementos indispensáveis para que exista  concórdia   e estabilidade.
Há uma passagem na Bíblia que rejeita  uma beleza demasiado difícil de guardar  e uma fealdade demasiado fastidiosa de suportar. Mas isso pode não ser bem assim, porque beleza  e fealdade poderão estar directamente ligadas à fidelidade, uma obrigação recíproca dos conjugues, apesar de muitos maridos pensarem injustamente estar a ela menos vinculados que as esposas, sendo certo que  a mulher «guarda melhor  a fidelidade que o marido» derivado do temor  Deus, do controlo do marido,  da vergonha perante os outros etc.. etc.
Da reciproca posse do corpo, implica a exclusividade da relação e portanto uma mútua e absoluta fidelidade, requisito indispensável do matrimónio.

* Licenciado [email protected]



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