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PARTE I
Toda crise gerada tem sempre um objetivo: re-adequar a escala do poder. Conseguido isso, as coisas voltam ao normal. Às vezes são profundas e longas. De alguns anos para cá, tem-se amiudado os espaços de uma crise para outra. A passagem de cada uma delas pode visualizar o enfraquecimento ou a tentativa de enfraquecer os Estados Unidos da América.
Por sua vez, os americanos do norte, ficaram tão preocupados em tomar conta política do mundo e se esqueceram de manter o sistema econômico internamente. O capitalismo surgiu no interesse americano e de seus parceiros europeus. E por ele está sendo esmagado.
É o enterro do sistema? Provavelmente não, assim como também não é a derrocada norte americana. Ambos perdem peso, mas é a re-alocação que já citei. Se há a re-alocação de pesos no mundo, haverá também a re-adequação de alguns procedimentos. Isso ainda acontece, pelo fato de o mundo inteiro, até mesmo os países considerados socialistas, manterem grandes valores em reserva na moeda dólar.
Necessariamente, o sistema capitalista há de passar por reciclagem de comportamento. O homem criou a máquina e a informática. Ambos diminuíram drasticamente, a participação da força de trabalho do homem. Por outro lado fez aumentar a produção e distribuiu melhor a produção e seu resultado. E trabalhamos desde 1929, na tríade PRODUÇÃO – MEIOS DE PAGAMENTO – CONSUMO. O que se tem tentado hoje, é corrigir a soma de falhas nessa tríade, onde os meios de pagamento – representado por governos e bancos – se preocuparam tão somente na crescente arrecadação de impostos e nos lucros, respectivamente. Ora, se o meio da linha falha, imaginem o que acontece nas pontas.
Quanto à Produção, em primeiro momento, a empresa precisa gastar, para depois produzir, i.é., necessita sempre de novos recursos. Necessariamente, depende de financiamento para se manter, crescer, e outros. E pisando no acelerador da ganância, deram incentivos e abriram facilidades para a dependência ao meio da linha e esta cresceu.
O outro lado da linha é o Consumo e a mola mestra do crescimento desse consumo é a classe média. Nesse momento lembro-me de meu professor de economia ao dizer que quem não deve, não tem. E foram estimulados a agir dessa forma. E invariavelmente necessita do meio da linha – quem a financie.
O nó da crise realmente reside nos meios de pagamento, à vista de nosso atual estágio de participantes do sistema capitalista. É incrível, no Brasil, há oito anos, o governo gastou uma fortuna, ofereceu à população um sacrifício social longo, para privatizar uma série de ramos de produção, inclusive instituições financeiras. Hoje, para amenizar a crise, compra-se podre o que se vendeu bom. E ressurge o custo social.
O problema apareceu – meio de pagamento – dado que as instituições financeiras dependem justamente da rotatividade. Já ouviram dizer que se todos fôssemos a um banco pedir o dinheiro lá depositado, o banco não teria como honrar o compromisso, não é? Agrava a situação, quando se vive em um mundo globalizado – o tsuname da pobreza.
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