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1808
(Laurentino Gomes)

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O livro esteve na lista dos mais vendidos da revista VEJA por 58 semanas, tendo originado uma série, em 2007, na rede GLOBO, que levou o mesmo nome.
 
Cada capítulo é uma crônica que mostra a história do Brasil de antigamente, com suas paisagens e seus costumes. Conta em detalhes as peripécias da viagem de D. João VI, com a corte portuguesa, para o Brasil, em 1808. Discorre sobre os nomes de pessoas que influenciaram a vida do país, naquela época, e descreve as cidades de Salvador e Rio de Janeiro como se estivéssemos diante de um quadro antigo.
 
Em paralelo o autor conta a história de Luiz Joaquim dos Santos Marrocos, arquivista real, funcionário da Real Biblioteca portuguesa, encarregado de encaixar e despachar para o Brasil os 60.000 volumes que compunham o seu acervo, um dos maiores do mundo naquela época.
 
O autor narra, no correr do livro, histórias interessantes de D. João, Carlota Joaquina, princesa Leopoldina, e outras figuras ilustres naquela época.
 
Expõe de forma objetiva a estratégia do imperador francês Napoleão Bonaparte para ocupar toda a Europa no início do século XIX. Levado pelas contingências desta mesma estratégia, Napoleão declarou guerra a Portugal.
 
Estando com o país em vias de ser invadido, o Conselho de Estado do reino português recomendou que o monarca preparasse seus navios e se transferisse para o Brasil, juntamente com a sua corte. Em 29 de novembro de 1807 o rei abandona Lisboa às pressas.
 
Durante os 100 dias de viagem, até a chegada no Rio de Janeiro, as dificuldades enfrentadas pela corte foram imensas, como era normal nestas viagens de travessia do Atlântico: houve desvios de rotas, tempestades, calmarias. A viagem só terminaria em 22 de janeiro de 1808 no porto de Salvador, para surpresa da corte.
 
Ali o rei assinou a carta régia da abertura dos portos brasileiros ao comércio internacional com as nações amigas.
 
Após um descanso de pouco mais de um mês o rei e sua corte seguiram em 26 de fevereiro de 1808 para o Rio de Janeiro, seu objetivo final, aonde chegariam em 7 de março daquele ano.
 
Após a chegada da família real o Brasil passou por intensas transformações, sendo uma das principais a concessão de liberdade de comércio e industrialização de produtos manufaturados, que estava proibida por um alvará de 1785.
 
Assim, a partir de 1º de abril de 1808 inúmeras indústrias se instalaram no território brasileiro, entre as quais se destacam as companhias siderúrgicas, moinhos de trigo e fábricas de barcos, pólvora e tecidos.
 
Na área de transportes, a abertura de novas estradas facilitou a exploração e o mapeamento de regiões até então isoladas. A navegação a vapor foi inaugurada em 1818.
 
O ensino tomou dimensão com a criação das escolas de nível médio e superior, com destaque para a escola superior de Medicina e a Academia Real Militar.
 
O sistema de governo foi organizado para tornar possível o controle da administração do Estado.
 
No campo cultural registra-se a contratação, em Paris, da Missão Artística Francesa que em 1816 instalou-se no Brasil trazendo alguns dos mais renomados artistas da época: Jean Baptiste Debret e os irmãos Nicolas e Auguste Taunay, todos pintores; Grandjean de Montigny, arquiteto; Simon Pradier, gravador e entalhador; Francisco Ovide, professor de mecânica aplicada; Segismund Neukomm, músico e discípulo do austríaco Haidn; entre outros. O acontecimento marca o período de influência francesa na cultura e nos hábitos do Brasil daquela época.
 
Capítulos especiais, imperdíveis de se ler, diante da riqueza dos detalhes das narrativas, tratam do combate ao crime no Rio de Janeiro; da escravidão no Brasil; da República Pernambucana; da evolução da guerra contra Napoleão e o seu desgaste fatal contra a Espanha e Portugal (conhecida como Guerra Peninsular – 1807/1813).

D. João VI retornaria a Portugal em 26 de abril de 1921. O rei foi embora levando tudo o que foi possível carregar, deixando o país à míngua, como havia feito em 1808 com Portugal. 



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