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As Máquinas
(Moysés Baumstein)

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O que esperar de um livro de contos supostamente sobre ficção científica de um autor brasileiro pouco conhecido? No mínimo desperta curiosidade. É o que aconteceu quando pela primeira vez coloquei minhas mãos em "As Máquinas" de Moysés Baumtein, ou simplesmente M.Baumstein. No prefácio já nos é avisado que se trata mais de uma sátira de que ficção propriamente, e talvez seja o que de interessante e diferente tem esse livro, esses contos. E é também o que coloca tal livro em destaque em minha estante de prediletos autores.
São três contos. O primeiro trata de uma máquina, um computador, imenso, que joga xadrez, tendo já derrotado grandes enxadristas mundo afora, é utilizado como desafio ao então grande mestre Tcherniptsky, como diz o autor, russo, é claro, de uma Rússia totalitária, mas em claros constrastes com o ocidente. O narrador é jornalista e amigo do mestre e é incumbido de narrar os episódios que se seguem. Dentro de uma linguagem clara e fluente, a sátira, tanto do que seria o pensamento soviético totalitário, quanto as claras contradições ocidentais, são o que apimentam o texto. Satírico porque critica com humor, senão seria tão somente humorístico. Após ser desafiado, e precionado diplomaticamente e nacionalmente, o mestre decide aceitar o desafio, mas após muito pensar e sob condições bastante específicas. Eis que chega o dia do embate, e o mestre vence o imbatível computador. O como fica por conta do leitor descobrir.
O segundo conto, em um futuro ignóbil mas cientificamente avançado, onde a brutalidade e a guerra, assim como o show de massas envolvendo tudo isso, são partes inexpugnáveis e corriqueiras da sociedade, o Dr. Schnitz, eminente cientista, maluco portanto dentro dos parâmetros da época, está para apresentar sua mais nova invenção: A Máquina. Não qualquer máquina, mas A Máquina. O que ela faz e como, ou mesmo o que falta fazer, é o que traz o sabor e é a grande sacada desse conto.
Para finalizar o terceiro conto nos relata como é o trabalho de Krak, único e preferido assistente do Professor Schmalz, cientista que pretende inventar nada menos que a máquina do tempo. Por assistente podemos entender como cobaia de testes. Todas as outras tentativas ao testar a máquina do tempo falharam, de maneira catastrófica. Após serios ajustes, o Professor acredita que vai dar tudo certo, como acreditava das outras vezes. Será que vai funcionar?
Um livro recomendável, um autor brilhante, que deveria ter sido mais divulgado nos meios literários brasileiros.



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