Botânica - A multiplicação das figueiras
(Carlos Rossi; ?Mega Arquivo)
Botânica – A multiplicação das figueiras
Voltando com fome de Jerusalém, Jesus Cristo encontrou uma figueira repleta de folhas e sem fruto e disse: Jamais nasça fruto de ti. A árvore secou e morreu. Para fugir da competição pela luz com as outras espécies, a maioria das figueiras desenvolveu uma capacidade de crescer sobre outras árvores, envolvendo-as com seu tronco até sufocá-las e matá-las. Tal poder é encontrado em 45 das 59 espécies que vivem no Brasil e é uma garantia de sobrevivência, surgida possivelmente no sudoeste asiático há 70 milhões de anos. A figueira é uma árvore da família das moráceas, é citada frequentemente na bíblia como símbolo de abundância e paz e nos últimos anos estão se multiplicando, invadindo parques, ruas e mesmo podadas, tornam a crescer. Sua espessa folhagem é ótimo abrigo contra o sol forte. Levadas por pássaros, as sementes dessas plantas germinam em galhos de outras árvores, quando as raízes chegam ao solo, extraem os nutrientes necessários para o crescimento. A árvore se encorpa e acaba sufocando a hospedeira. A morte por sufocamento foi o destino de uma imensa palmeira, estrangulada por uma figueira, na 5ª da Boa Vista no RJ. Os botânicos estão vasculhando o ciclo de polinização das flores das figueiras, que é o mecanismo pelo qual se formam os frutos e sementes. A figueira também tem inimigos. Um dos piores é uma trepadeira conhecida como jibóia, cultivada em casas. Crescendo perto de figueiras, atrai cupins que acabam comendo as raízes e matando a árvore. Outro predador é o inseto Lacerdinha, que nos anos 50 dizimou árvores em todo o mundo.
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