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Amor à Flor da Pele
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As obras de Wong Kar-Wai passeiam pelos territórios tortuosos do silêncio, dos desejos contidos e da ausência de coragem para a afirmação. Afirmar a paixão, afirmar o medo ou afirmar um incômodo qualquer. O filme "Amor à Flor da Pele", do ano de 2000, conta o encontro de um jornalista com uma secretária num prédio na cidade de Shangai. Ambos são casados e seus respectivos cônjuges mantém um envolvimento amoroso. O jornalista (interpretado por Tony Leung) e a secretária (Maggie Cheung) se aproximam ao descobrir o caso de infidelidade. Eles constroem uma relação de apoio e admiração. Aos poucos, nasce entre essas pessoas magoadas uma atração física que se metamorfoseia em amor. Contudo, o sentimento evidente permanece sempre à margem. A angústia de não conseguir proferir o que se sente os afasta. Eles são quase íntimos, mas permanecem estranhos. Ao mesmo tempo, a paixão é inexorável, ela ganha corpo exige a consumação. A cada encontro o casal partilha o desejo de efetivar a atração crescente, porém, eles resignam-se, sufocam a vontade avassaladora.
Kar-Wai retrata com uma plastica impressionate  (a fotografia é um ponto alto da sinergia que há entre todos os elementos que formam uma obra fílmica) o nascimento da afeição e o tormento da não-concretização do amor. Kar-Wai é detalhista e busca no close de uma lâmpada, no uso do slow motion durante a chuva, na mão que resvala a pele o florescer de algo ao qual não se poderia fugir. O amor não declarado forma um liame rígido com o ritmo suave, mas tenso devido a personalidade das personagens, que são reservadas, polidas e controlam um desejo veemente que conflitua com a angústia.
"Amor à For da Pele" representa um triunfo de técnica e poesia. Uma história de amor dramática que percorre todos os cantos da alma humana.



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