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1968 O Ano Que Não Terminou
(Zuenir Ventura)

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Zuenir Ventura escreve um dos livros mais importantes sobre a história recente do Brasil. Os anos de   Ditadura Militar. O inicio destes momentos históricos que tão profundamente marcaram nossa historia e nosso povo. Está fazendo 40 anos que os militares que auto-intitularam revolucionários comandando Brasil com um golpe começaram  a sofrer uma oposição muito forte .
Por que o ano que não terminou? Este  foi o ano em que no mundo todo houve intensa moviementação de toda a natureza.
Ano da greve dos estudantes na frança.  Repercutindo no mundo todo .Também ano em que nos Estados Unidos os  negros   tomaram consciência de seus Direitos Civis e foram para as ruas comandados pelo lider Martin luter King exigindo igualdade social. Ele dizia: Eu tenho um sonho. Nas ruas as mulheres queimavam sultiãs  simbolizando liberdade. Havia uma efervecência  em todo o mundo em busca de liberdade. As mulheres passaram a conhecer a pílula e conquistaram definitivamente a liberação sexual. Estudantes do mundo todo passaram a lutar por democracia, por socialismo. Embora nem sempre a democracia estava atrelada ao socialismo. Esta é uma outra historia.
No Brasil não  poderia ser diferente. Aqui estava muito complicado. Iniciava os anos mais pesados de autoritarismo que o Brasil já viveu.
Tudo começou com muitas greves de estudantes universitários e secundaristas também. Houve a morte do estudante de medicina no Rio de Janeiro no restaurante Calabouço. Após este fato foi desencadeado muitos protestos liderados por jovens, que inclusive estão quase todos na política partidária hoje. Aqueles que não morreram. Muitos morreram, desapareceram, foram presos, banidos. Foram também anos ingênuos porquê estes que lutavam em prol da resistência no Brasil substimaram o inimigo pregando uma luta armada sem armas querendo o povo do lado sem arrebanhar este povo. sonhavam em transformar o Brasil em uma República Socialista. Imaginavam que no Brasil poderiam fazer como Fidel Castro em Cuba.
O livro traz detalhes deste movimento, cheio de divisões internas e muito idealismo carregado de intenso romantismo.
Porém O ano de 1968 foi muito mais do que passeatas nas ruas. Os estudantes tinham como aliados a igreja e a elite intelectual brasileira que tambem armava com suas palavras uma guerra. Faziam músicas peças teatrais denunciando  esta famigerada ditadura. Muitos foram exilados e não podiam voltar ao brasil. Os mais perseguidos foram Chico Buarque, Gilberto Gil, entre muitos outros.
Geraldo Vandré compôs o verdadeiro Hino Nacional de luta e de guerra; Caminhando e Cantando cujo nome verdadeiro é; Para Não dizer Que não falei de Flôres. Dizia: Vem vamos embora que esperar não é fazer, quem sabe faz a hora não espera acontecer. Por esta façanha dizem ter sofrido a maior perseguição com uma lavagem cerebral. O certo é que nunca mais foi o mesmo cantor e compositor. Tornou-se um ausente. Desconhecido. Em 68 muitos dos ícones de nossa música e outros ícones populares tais como o rei pelé, Roberto Carlos e cineastras vivos ou mortos eram jovens.
Por que não terminou? Porque os sonhos não se realizaram. O mundo mudou ,muitas coisas aconteceram,mas e os sonhos? Ficaram adormecidos... Somos frutos desta geração inquieta, ou da geração Paz e Amor, mas a verdade é que muitos dos sonhos ficaram para outras geraçôes realizarem.
Porém como disse outro importante ícone da época, na década de 70: O sonho não morreu. Este partiu prematuramente, violentamente...



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