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Resumo: A Agressividade na escola na visão dos alunos
(Raimundo da Silva Santos (Juruti) - Supervisor e Orientador Educacional)

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Resumo: A Agressividade na escola na visão dos alunos

Autor:
Raimundo da Silva Santos Júnior (Juruti)
Em:19.11.2008

Com o objetivo
de realizaruma análise coerente
sobre a agressividade na escola, foi realizado o Projeto de Pesquisa, o qual
nos forneceu os seguintes dados: Usando um questionário de entrevista aplicado
a 40 alunos na faixa etária de 08
a 11 anos, tivemos as seguintes respostas: Você já foi agredido por algum colega de
escola? 21 = 53% Sim ; 19 = 47% Não.
Você já viu algum colega de escola ser
agredido? 35 = 88% Sim; 05 = 12% Não. Quem
você acha que é o responsável pela violência ocorrida na escola? 31 = 78%
Os pais; 00 = 00%; Os professores; 09 = 22% A Falta de Políticas Públicas. O que você acha que mais estimula os alunos
a fazerem uso de atitudes violentas? 21=53% Os vídeos
Games violentos e os programas de ação sangrentas mostradas na TV; 19=47% O
meio social em que o aluno vive e as más companhias. Seu pai orienta você sobre a importância de ter um comportamento
respeitável, educado? 34=85% Sim; 06=15% Não.
Os dados mostram que a violência
está presente na realidade da instituição escolar. É possível observarmos que
53% dos entrevistados já sofreram agressão, tendo como agressor o próprio
colega e 88% dos entrevistados já presenciou na escola atitudes violentas por
parte de colegas. Esses dados refletem a preocupante e crescente situação de
violência que vêm sendo praticada em várias escolas de nossa cidade. Nos
últimos anos a sociedade brasileira entrou no grupo das sociedades mais
violentas do mundo. Hoje, o país tem altíssimos índices de violência urbana
(violências praticadas nas ruas, como assaltos, seqüestros, extermínios, etc.);
violência doméstica; violência contra a mulher, etc. Esses dados nos remetem à
necessidade de refletirmos sobre a raiz do problema, o que tem favorecido o
aumento da violência em nossa sociedade? Podemos utilizar o dado fornecido por
78% dos alunos entrevistados, os quais acham que os pais são os maiores
responsáveis pela violência ocorrida nas escolas, contra 22% que consideram a
falta de políticas públicas como outro fator responsável pelo crescente índice
de violência nas escolas. Sobre este aspecto nenhum aluno alegou ser o
professor o responsável por tal atitude. Parece estarmos diante de um clamor
por socorro, tal como salvem a família
brasileira!
Hoje mais que nunca, precisamos
rever nossos conceitos quanto à importância da família. Nossas crianças têm
sido lançadas na escola para que esta faça a formação integral, até aquela que
pertence à família. No mundo dito pós-moderno a família tem sido desvalorizada,
mas é preciso observar que na medida em que a família perde o valor, a
sociedade torna-se mais vulnerável. Querendo ou não a família organizada e bem
instituída é um instrumento de controle social, mais poderosa do que a escola. A
escola precisa acordar para esse fato e não apenas aceitá-lo, pois, precisa
discutir com a comunidade interna e externa, tendo em vista projetar a família
para uma estratégia de enfrentamento e não de letargia diante do novo Mundo. Ao
comentar sobre o novo mundo, Celso Antunes assinala:
Não se defende a utopia de que um dia
a escola possa substituir o papel de um lar; mas é imperioso reconhecer que a
radical mudança da estrutura familiar implica em inevitáveis mudanças nos
conteúdos e nas estratégias desenvolvidas em nossa escola. O professor não pode
e não pretende substituir os pais, mas precisa descobrir-se responsável por
novas funções, ajustando-se a uma nova realidade. Sinal dos tempos...(1999,
p.35).
Um outro dado
interessante se refere aos fatores externos que mais estimulam os alunos a
fazerem uso de atitudes violentas, 53% dos alunos alegaram que são os vídeos
games violentos e os programas de ação sangrentos mostrados na TV, contra 47%
que alegaram ser o meio social e as más companhias. Ao serem interrogados se
seus pais os orientavam sobre a importância de terem um comportamento
respeitoso e educado, 85% disseram que sim e 15% disseram que não. Somos
sabedores da importância da orientação dos pais para o desenvolvimento saudável
da criança, no entanto já comentamos acima que a família está deixando de lado
o seu papel, perdendo a essência. Portanto não podemos esperar que após jogar
um vídeo game violento, após assistir filmes de ações sangrentas, e após sair
com colegas de comportamento problemático, todos os alunos possam ser
orientados por seus pais e/ou responsáveis, sobre temas complexos da atualidade
como: realidade e ficção, conseqüências das drogas lícitas e ilícitas para o
indivíduo e para a sociedade, conseqüências da gravidez na adolescência,
etc. Percebemos na alegação dos alunos um índice que consideramos alto (15%),
de pais que não orientam seus filhos sobre questões básicas da vida familiar. O
que então dizer das situações complexas. Cabe à escola repensar sua
prática.



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