Relacionamento pai e filha em O Mercador de Veneza
(William Shakespeare)
Há duas relações de pai e filha na peça O Mercador de Veneza. Primeiro, há o da herdeira de Belmonte, Pórcia, e seu falecido pai. E há o da Jéssica e Shylock. Embora Pórcia soe um pouco depressiva por estar presa ao voto de seu pai de não se envolver na escolha de seu futuro marido, ainda que facilmente ela pudesse quebrá-lo e ele, tecnicamente, não poderia fazer nada a respeito. Ela (Pórcia) respeita a integridade, inteligência e sabedoria de seu pai. Como por exemplo, ela não dá nenhuma dica a Bassânio sobre qual baú esconde seu retrato, embora que o pensamento de que ele não a encontre rasgue o seu coração. Ela luta contra seu próprio instinto, neste caso, e coloca seu futuro nas mãos de seu pai.
Por outro lado está Jéssica, que não só foge da casa de seu pai e rouba uma grande quantia da fortuna dele, como também não tem o mínimo respeito pelo próprio. Ela generosamente joga o dinheiro dele fora. Dá uma preciosa herança, sem sentir apego àquilo sendo que a memória que o pai dela tem do anel é imbuída de fortes sentimentos e emoções. Ela não diz em muitas palavras que o seu pai está errado por suas crenças. Mais ela se sente salva ao casar-se com um cristão e assim livre de ser uma judia. Jéssica também não demonstra nenhum sentimento por Shylock exceto por estar abandonando-o.
Shakespeare não condena a Jéssica por sua falta de sentimentos com relação a seu pai. Ele usa os atos dela mais como um contraste entre judeus e cristãos do que como um exemplo de filha que não gosta de seu pai. Pórcia, por outro lado, representa um ideal - o que uma filha ideal sentiria e agiria por um pai ideal.
Resumos Relacionados
- O Mercador De Veneza
- O Mercador De Veneza
- O Mercador De Veneza
- O Mercador De Veneza
- O Mercador De Veneza
|
|