A pré-história da neurocirurgia na América do Sul
(Fonte: Revista Mente e Cérebro)
A trepanação – procedimento no qual eram feitas perfurações no crânio de seres humanos vivos – é uma prática ancestral que remonta à Idade da Pedra. o costume foi muito mais comum do que se imaginava e de que os incas, que tinham razoável conhecimento sobre a anatomia do crânio, a usavam para tratar infecções e traumas na cabeça. 441 crânios encontrados em 11 sítios arqueológicos em Cuzco, Peru, a antiga capital do Império Inca, onde a primeira evidência de trepanação nas Américas foi descoberta em 1865. a trepanação parecia ser praticada principalmente para tratar ferimentos resultantes de batalhas, já que a maioria era do sexo masculino . O procedimento foi aperfeiçoado pelos incas ao longo do tempo. Os crânios mais antigos (de cerca de 1000 a.C.) não tinham sinais de crescimento ósseo ao redor dos orifícios, o que indica que a trepanação quase sempre levava à morte. Quatrocentos anos depois, as peças indicam sobrevivência de cerca de 90% dos indivíduos. Também foi observada a padronização da técnica: partes do crânio, cuja perfuração poderia afetar as meninges ou grandes vasos sangüíneos, foram evitadas pelos incas mais modernos. Eles também faziam uso mais freqüente de compostos vegetais derivados do bálsamo (anti-séptico) ou da coca (analgésico) durante o procedimento.
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