Pan-Americano de 2007e seus impactos no Rio de Janeiro
(Bruno Lopes)
Os Jogos Pan-Americanos 2007 foram um gasto excessivo e desnecessário para o Rio de Janeiro. Primeiramente porque o capital despendido em obras como o Parque Aquático Maria Lenk e o Ginásio de Futsal poderia ter sido investido em educação, higiene, saneamento básico, moradia, assistência médica etc., em benefício da população carioca e também brasileira.
Do ponto de vista sócio-político, os Jogos Pan-Americanos ocorreram, dentre outros motivos, para “impressionar os gringos”. Dessa forma, o Brasil criou uma aparência (só aparência) de uma nação bem-estruturada e evoluída, deixando de lado a violência e a pobreza. Mas é difícil manter a maquiagem, pois ao lado do Cristo existem favelas, com traficantes que controlam pessoas e armas diariamente. Pena que isso eles não mostram nas propagandas.
O fato é que, se o governo brasileiro queria tanto a admiração do exterior, por que não ajudou as populações mais carentes? Por que não tentou eliminar, de uma vez por todas, o tráfico de drogas da região? Por que nem sequer construiu uma moradia, no lugar das diversas casas pobres (se é que elas podem ser chamadas assim) da cidade?
A resposta, é muito simples: é mais fácil fazer obras com ginásios e parques do que investir nas áreas sociais do Rio de Janeiro e também do Brasil. Um projeto que previa gastar 1,4 bilhão de reais, custou mais de 3,7 bilhões, sendo que a maior parte do dinheiro vinda do poder público. Dinheiro gasto por um governo corrupto, que na maioria das vezes faz obras em beneficio de poucos. Gastos como esse precisam acabar para a construção de um Brasil melhor.
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