Viva Simples
(Falkner; Odir Cunha)
VIDA SIMPLES, um livro que prega um novo estilo de vida
Quando as bolsas despencaram, em outubro de 2008, e o sistema financeiro mundial passou a viver o seu maior drama desde o Crack de 1929, o livro Viva Simples, escrito por Odir Cunha e publicado pela Editora Novo Conceito, já estava pronto e, em mais de um capítulo, reforçava a idéia de que a adoção da vida simples – confortável, abundante, mas limitada a padrões racionais de consumo – era e é uma necessidade vital para a sobrevivência da humanidade.
Não é preciso ser um gênio em finanças ou economia para perceber que os exageros do mercantilismo levaram o mundo a uma encruzilhada. Se, por um lado, o consumo é saudável para a economia, pois faz as moedas e os bens circularem; quando se torna compulsivo, seduzido pelos apelos do marketing, da publicidade e da moda, passa a agir como um vírus que ataca e desequilibra a sociedade.
Quando as pessoas estão comprando o que não precisam, com um dinheiro que não têm, boa coisa não pode acontecer. E foi isso que iniciou o processo falimentar do sistema imobiliário norte-americano, a primeira peça do dominó que tombou e passou a derrubar, ou melhor, a quebrar, bancos pelo mundo afora.
O sistema de financiamento permite que se compre bens valiosíssimos, com prestações a perder de vista. Assim, a classe média norte-americana também se achou no direito de ter a casa própria dos seus sonhos. Poderia se contentar com algo menor, mais modesto, mas um dos problemas da sociedade de consumo é que todos querem viver com muito espaço, luxo e conforto, como ricos.
Então, inicia-se um teatro de mentiras – e horrores. O comprador finge que é dono de um bem que só será seu daqui a décadas; as construtoras, incorporadoras e imobiliárias contam com um dinheiro que ainda não têm e investem por conta do que vão receber, turbinando seus gráficos de crescimento e dando a suas ações um valor irreal, e por fim o ciclo se fecha com o cidadão investindo na bolsa para pagar a hipoteca do seu imóvel.
Quando as crises do mercado de trabalho elevam as taxas de desemprego e achatam os salários, e a inadimplência dos mutuários ultrapassa os níveis suportáveis, o dique se rompe e tudo é levado de roldão, como um castelo de cartas. Ou como uma casa de sapé, sem alicerce, carregada pelo vento.
Pode-se explicar essa catástrofe com termos difíceis, gráficos complexos e cenhos franzidos, mas a verdade é que tudo começou com o elementar hábito consumista de se gastar mais do que se tem.
O mesmo hábito, que valoriza os bens e subestima as coisas do espírito, coloca o relacionamento humano e o respeito ao próximo em segundo plano. Por priorizar a busca por riqueza e poder, mantém a sombra da guerra a pairar sobre nossas cabeças, extingue os recursos do planeta, condena à morte animais e plantas, degrada o meio ambiente e faz a poluição progredir em escala geométrica.
Isso tudo é exatamente o contrário dos valores que devem prevalecer em uma vida saudável e equilibrada, ou simplesmente uma Vida Simples. Não tenho nenhuma dúvida ao afirmar que se uma forma mais fraterna e sábia de viver já tivesse sido adotada pela maioria dos homens, a vida no Planeta não estaria passando por tantos sobressaltos.
Bem, quem sabe se depois deste susto a humanidade não repensará seu caminho. Afinal de contas, não faltam pessoas a apontar novas alternativas. Este livro é uma pequena, mas determinada tentativa neste sentido. Ele poderá convencer seus leitores a mudar conceitos e adotar o estilo de Vida Simples? Essa resposta só você poderá dar.
O livro Viva Simples fala de alimentação, moradia, roupas de grife, consumismo, meio ambiente, poluição, crise dos combustíveis, hábitos saudáveis e tudo o mais que devemos analisar antes de seguir o rebanho e escolher um estilo de vida. O autor deixa claro que quer convencer seus leitores a adotar a vida simples. Conseguirá?
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