A reprodução – Elementos para uma teoria do sistema de ensino 3º ediçã
(Burdieu)
Com a sua pesquisa em desenvolvimento, apareceram outras linhas de pesquisa, que exigia ser observadas, para estabelecer com a máxima precisão possível, a construção sólida do resultado obtido. Depois de avaliado o resultado obtido com coerência, agora se faz uma análise do ensino, de vários focos, sempre partindo do mesmo ponto de vista, ou seja, da cultura e a estrutura entre classes. Então podemos concluir que houve várias propostas e que o texto sofreu mudanças sucessivamente no decorrer de seu trabalho. Percebe-se a preocupação de não criar um meio de interpretação paralela mesmo pelos ideológicos, que podem-se utilizar de seu dicionário abreviado com a intenção de impor sua interpretação. Inevitavelmente propostas surgirão com o intuito de dar diversas interpretações à teoria apresentada pelo autor. A leitura deste texto deve ter um olhar clínico, pois ao ler com conotações éticas ou morais, pode-se colocar em risco toda a essência do trabalho proposto de seu autor, e pode-se até vir a justificar certos atos ilícitos ou apenas formular denúncias sem realmente apresentar um aprofundamento adequado a este estudo científico do compreender o individuo, por isso que as observações foram de espontâneas, para não ter direcionamento suspeito ou duvidoso em seu resultado.
Este texto é perigoso em sua compreensão, pois, pode existir dupla posição do leitor, por exemplo: arbitrário, onde depende apenas da vontade do ser e não a idéia de julgamento, este termo designa apenas isso, sem tratar da amplitude da epistemologia. Hoje em dia ainda se discute muito as variações culturais, que são as essências de um povo, e isto foi colocado em evidencia, pois o sucesso do estudo depende de como a população é construída e de qual grau de importância tem a tradição escolar. Tais questões foram estudadas institucionais e sociais que realmente a sua práxis pedagógica não viesse a trair o verdadeiro objetivo do estudo.
A compreensão da violência simbólica neste momento entra em ambigüidade, pois, podemos entender de varias formas esta violência imposta ou simplesmente induzida. As novas teorias pedagógicas ou ações tentam não romper esta representação, que a ser corrompida pode ter uma ação da imposição simbólica da violência. Isto nos faz refletir sobre diversas formas de violência social direta ou indiretamente entre o monopólio da escola (violência simbólica legítima) e o monopólio estatal (legítima violência física).
Ainda hoje vemos este tipo de constrangimento acontecendo em diversos lugares do mundo, mas ficamos nos sistemas de ensino de correção brasileiro, os processos técnicos utilizados atualmente já são meramente ultrapassados, em virtude da história do crescimento mundial. As concepções que devem ser observadas são de ter um ensino de qualidade e que realmente funcione nas instituições de recuperação, que tenham explicações e amparo cientifico das funções sociais. Por assim dizer as ações pedagógicas mais sutis são as mais favoráveis para dar o conhecimento, a esta transmissão de valores perdidas há algum tempo, a escola por um currículo de poder vem desviando o caminho da consagração escolar impondo o que é viável à sociedade. Isto pode ser um olhar crítico ao que verificamos nas desistências escolares.
Quando não se respeita o histórico-social de um individuo, já se tem a violência simbólica, ao se impor uma nova regra desqualificando o meio que o individuo cresceu. Vê-se claramente a imposição de significações como legítimas encobrindo a sua autoridade sobre o ser. A não aceitação desta verdade é como negar a sociabilização, ou seja, as impossibilidades da ciência da sociologia orientá-los e destruindo as teorias implícitas com seu construtivismo libertador e criador do individuo considerada como autônomas.
Em primeiro momento Max e Durkheim se opõem no efeito de constrangimento social não dividido, mais se aliam a contradizer que Weber nos seus métodos de influência e poder, de um agente sobre o outro. Para Durkheim exterioriza o constrangimento as representações sociais e para Marx nas ideologias legitimas de violência simbólico.
As propostas da maioria das ações pedagógica, vem fixar poder e cultura de um grupo social (igreja, família, grupos de classe, etc..), ou seja, sempre reproduzindo uma fixação das classes dominantes ou dominadas inibindo momentos lógicos que uma ação pedagógica sugere em suas especificações multidisciplinares válidos.
A escola reproduz a estrutura social dominante, ou seja, o ensino dominante fixa o monopólio da violência simbólica legitima. As ações pedagógicas em um âmbito generalizado, impõem relações de impotência infantil e não é abstrato ver a coligação quando adulto repressivo.
Esta ambigüidade teórica como empírica é ingênua, porque não é pela força física, pois obterá apenas inversão de crença idealista, e nem de fixação radical das significações das ações pedagógicas. Desta maneira mostra claramente que a ação pedagógica apenas é mediadora entre a força pura e a força da razão.
Temos que refletir neste conceito que é ou parece contrário ao senso comum, nas incertezas teóricas da pratica pedagógica temos que dar autonomia na condição social, pois podemos apenas ter como resultado final um aluno apenas nativo esquecendo-se da expansão ao seu redor, tendo um homem de idéias fracas, porque não foi trabalhado os códigos lingüísticos culturais, e por isto temos que fazer de nossa ação pedagógica um conhecimento social verdadeira e objetiva em que gera no homem futurista a experiência de formular e exprimir seus conceitos e praticas ideológicas que contribuem para não ao ocultismo da verdade objetiva.
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