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Numerosas são as interrogações da ainda mais numerosa nação corintiana a respeito dos reforços para a temporada 2009.
Quem contratar? Quanto custa? Por onde passou? Quais títulos conquistou? Enfim, será que o sagrado manto alvinegro haverá de encontrar mosqueteiros dignos de envergá-lo na próxima temporada?
Apreensivo, começo a pensar com os meus botões (um velho time de futebol de botão) nos craques de um passado recente, curioso e, sobretudo, misterioso...
No início do ano de 1999, sob o comando do treinador Roberto Brida, conquistamos a Copa São Paulo de Juniores de forma indiscutível. Em sete jogos marcamos 20 gols e sofremos apenas três. Com 1x0 na final contra o Vasco, levantamos, invictos, o (sexto) caneco daquela competição!
Todos os craques daquele timaço vieram do “Terrão”, o saudoso campo das categorias de base que, por suas características únicas, forjava atletas identificados com o jeito de ser do Corinthians.
Edu, Ewerthon, Fernando Baiano, Kleber, Gil, Andrézinho... Eram tantos talentos em 99... Não custaram nada e deram, além de títulos, lucros astronômicos para o Timão.
Aquela incrível campanha teve um desfecho ainda mais surpreendente.
O técnico Roberto Brida foi demitido sumariamente após o triunfo. Pouco tempo depois, o dinheiro da venda dos jovens craques revelados por Brida desapareceu sem deixar vestígios. Mistério na demissão. Mistério ainda maior na aplicação (?) da grana.
Recentemente, conversei com Brida. Ele me deu poucas, porém preciosas, pistas de como era composta a atmosfera dos bastidores do Corinthians. Além de oxigênio, hidrogênio e muito gás carbônico, havia pais e/ou diretores que viviam pressionando pela escalação de garotos de baixíssimo nível técnico. Brida era entrave àqueles propósitos.
Mas isso não era tudo. Há mais mistérios no PSJ do que pode imaginar nossa nada vã paixão alvinegra.
_ “Acho que o meu maior erro mesmo foi não aprender para quem eu podia dar ‘bom dia’”, desabafou, ironicamente, o velho treinador, revelando o clima tenso e uma estúpida fogueira na qual ardiam vaidades, incompetências e muitas sacanagens.
Assim, “saíram” com o competente treinador e “sumiram” com o dinheiro dos craques. Em outubro deste ano, o velho “Terrão” não resistiu a tantos anos sem competente cultivo e também desapareceu para dar lugar a um campo de grama sintética.
Para muitos, evolução. Para outros, involução. O fato é que o velho “Terrão” rimava com solução, coração, emoção, paixão, afeição e cifrão. E bota cifrão nisso...
Dez anos depois (a próxima Taça São Paulo de Futebol Júnior tem início previsto para 3 de janeiro de 2009), perdemos o “Terrão”. As respostas para os mistérios dos juniores de 99 também se perderam... nos ventos da omissão. Agora, busco respostas para aflições e angústias mais urgentes, na dimensão do elenco profissional.
Enquanto não encontro nenhum nome atraente para 2009, no meu jogo de botões, Rivelino passa a bola para Sócrates, observado por Zé Elias (olha aí outro craque do “Terrão”). Lá na grande área, Geraldão, ansioso, espera pelo lançamento... Neste meu jogo, é bem mais fácil montar um time competitivo.
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A nova Copa São Paulo de Futebol Júnior reunirá 88 equipes divididas em 22 chaves. O Corinthians ficará em São Carlos (SP), na Chave “S”. Com certeza, “S” de sofredor...
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