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Teresina-Pi e as gangues
(Elnora Gondim)

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Teresina-Pi era tranqüila e calma; no entanto
este clima mudou. Verificamos, através dos jornais locais, um aumento
significativo da violência ocasionado pela formação de gangues de bairros
Observamos muitos jovens e pouca ocupação: é
comum, à tarde encontrarmos adolescentes em
bares, lanchonetes e calçadas. Acreditamos que há uma relação direta
entre o crescimento populacional, o apelo ao consumo, o ócio da juventude e a
violência. Lembro-me que em tempos anteriores quando se falava em bandidos,
assaltos e coisas do tipo, eu pensava, logo, em pessoas que eram maiores de
dezoito anos; não era comum meninos assassinarem adultos e meninos, a batalha
era entre maduros e maduros.

Atualmente, o perfil mudou; os componentes das gangues são jovens na faixa etária entre
13 a 20 anos de idade; têm como características: possuírem armas, usarem
drogas, vestirem roupas esportivas e caras, freqüentarem
danceterias e bailes e, há muito tempo, terem abandonaram
a escola. Geralmente, são filhos
de pessoas de classe média baixa, que têm razoáveis condições de
moradia e
sobrevivência .. Eles são pais muito cedo e suas companheiras
são componentes da gangue. Detectando esta regra, o que se nota é que
existem muitas outras: estes grupos formam um corpo com certa
organização, tendo normas próprias; estas não podem ser burladas e,
se forem, eles próprios julgam os componentes burladores, isto resulta
em morte de forma violenta como
recado para os demais membros. Outro fator agravante, há rivalidade entre
os grupos; eles demarcam territórios; um não pode interceder no espaço
territorial do outro e, se isto ocorre, há uma luta entre eles
gerando extermínios.
Constatado
isto, imaginamos uma ação educacional que proporcionasse a
neutralização de
tal fato sem descaracterizar as particularidades inerentes aos grupos,
pois, se
não for desta forma, de nada adiantaria a presente proposta, porquanto
os componentes de tais agremiações são fiéis a determinadas posturas e
gostos : pensamos em algo como uma pesquisa empírica tendo como
objetivo
detectar as tendências de cada grupo e, a partir daí, elaborar uma
planilha
juntamente com pedagogos, filósofos, psicólogos, terapeutas
educacionais,
assistentes sociais e sociólogos, sobre tais tendências e o modo de
operacionalização das mesmas, exemplo: se for detectado que um
determinado
grupo tem tendências à DJ, seria pensada uma forma de treiná-lo com o
objetivo de difundir algum
trabalho que, porventura exista na comunidade, prestando um serviço de
utilidade pública propriamente dita. Outros profissionais e
instituições seriam envolvidos.; as secretarias de comunicação
estadual e municipal forneceriam equipamentos e profissionais para o
treinamento dos jovens; as secretarias de esportes, cultura e outras
tantas
mais, também seriam envolvidas caso fosse detectada que a tendência do
grupo estivesse
relacionada ao teatro, ao esporte, a informática, ao romance, aos
quadrinhos,
aos mangás etc. A comunidade seria estimulada a ajudar a garantir
certa infra-estrutura para o projeto fazendo arrecadações sob a forma
de rifas,
bingos etc. O acompanhamento junto aos
grupos e aos seus familiares por parte dos profissionais que elaboraram
a
planilha seria constante e direto. Este seria um trabalho que
envolveria Estado, município e sociedade civil sem grandes custos para
nenhum
desses segmentos.
Imaginando tal projeto; promovendo a assistência,
a prevenção de doenças sociais e a reabilitação, acreditamos que a
saída é fornecer aos jovens ociosos, além de uma ocupação
e profissão, a resolução de um problema básico que é fator ocasionador
da
quantidade cada vez mais crescente de violência no estado do Piauí: a
baixa
auto-estima que condiciona as pessoas a uma falta de perspectiva maior
em
relação às suas vidas. Homens e mulheres que convivem com
pais que não tiveram crescimentos qualitativos e quantitativos durante
toda uma
existência, a tendência destes é não acreditarem na
possibilidade de um futuro melhor em relação aquele que seus pais
tiveram. Outro fator agravante reside no fato de que o Piauí,
em relação aos outros estados brasileiros, sempre esteve em desvantagem
em
virtude do PIB. Fato que, provavelmente, ocasiona um total descrédito
do povo
em se tratando de mudanças para melhor; onde, pode-se constatar que as
pessoas
que são formadas convivendo com tal sentimento, isto reflete,
diretamente, em
suas formas de abordagens quanto às perspectivas de vida.
A fome não é o problema urbano central ocasionador da
violência, mas a baixa auto-estima gerando a falta de perspectiva e
expectativa em um futuro melhor. Pergunto: se a cada dia cresce esse tipo de
agremiação, com isto gerando uma violência cada vez maior e mortes de jovens
tanto daqueles que são envolvidos nas gangues quanto os que não são, qual será o futuro
do Piauí em pouco tempo? Pode ele ser
transformado em um estado de idosos? Pode este estado ficar propenso a ter uma
população ativa inferior à desejada? Fica aqui a proposta e o
questionamento; acreditamos que precisamos
descobrir meios de melhorar questões que não só nos incomodam como, também,
atormentam.



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