O significado do câncer no cotidiano de mulheres em quimioterapia
(Catarina Aparecida Sales; Maria Aparecida Saici Molina)
O presente trabalho visa apresentar o artigo O significado do câncer no cotidiano de mulheres em tratamento quimioterápico de Catarina Aparecida Sales, Enfermeira, Doutora em Enfermagem, Professora da Universidade Estadual de Maringá e Maria Aparecida Saici Molina, Enfermeira, Especialista em Saúde Mental, Enfermeira do Programa Saúde da Família da Secretaria de Saúde de Maringá. O estudo teve por finalidade conhecer os sentimentos de mulheres com neoplasia em seu ambiente familiar. Para tanto, as autoras descreveram o papel que historicamente foi delegado à mulher na sociedade destacando a relação enfermagem/mulher e mãe/cuidado, delineando como o cuidado está ligado aos conhecimentos e aptidões rudimentares de mulheres que descobriram recursos no meio ambiente, sendo dotadas de capacidade e sensibilidade para preservarem a união familiar. Tendo este contexto como paradigma, as autoras ressaltam o conflito que surge quando a mulher passa do papel de cuidadora para o de ser cuidado. Afirmam ainda que a enfermagem deve levar em conta esses sentimentos das mulheres proporcionando-lhes assistência integral, encorajando-as a enfrentar os problemas ocasionados pela doença. Na visão das autoras, a essência da profissão de enfermagem é o cuidado, que não consite em apenas executar técnicas, mas de se colocar no lugar do outro e perceber tanto as necessidades físicas como as emocionais e é baseado neste aspecto que as autoras se preocuparam em compreender como as mulheres vivenciam suas experiências a medida que os conflitos estar com câncer/papéis familiares despontam. Utilizaram como estratégia metodológica, a abordagem femomenológica existencial de Martin Heidegger, procurando explicar o fenômeno a partir dele mesmo, sem utilizar conceitos, crenças ou um referencial pré-estabelecido. Foram entrevistadas sete mulheres com neoplasia em tratamento quimioterápico com o objetivo de saber como elas lidam com o câncer em seu cotidiano. Após analisarem os discursos das mulheres, as autoras puderam destacar dois aspectos: a vivência da mulher com o câncer e a vivência delas com seus familiares após o diagnóstico de câncer. No primeiro, apresentam como o câncer modificou a condição existencial das mulheres, levando-as à capacidade de lutar e buscar uma forma saudável de lidar com a condição dolorosa e desagradável, destacando a insatisfação em não conseguirem desenvolver suas ocupações cotidianas, abordam ainda as mudanças que tanto a doença como o tratamento imprimem no corpo e em suas rotinas. No segundo são abordadas as interferências da doença na família, citando o sentimento de perda e negação, a mudança de postura em relação à doente. Concluem afirmando que em sua existencialidade, cada um reage de forma diversa diante da doença, ressaltando que a enfrmagem deve relevar este aspecto, tratando cada ser como único e prestando atendimento individualizado e integral às mulheres com neoplasia e seus familiares.
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