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Educação Ambiental Crítica
(Mauro Guimarães)

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                                           EDUCAÇÃO AMBIENTAL CRÍTICA:  

                                                      DA TEORIA À PRATICA:


        
Educar é eduzir, é fazer florescer o que o educando tem de melhor. Observar as suas potencialidades e individualidade, seus sonhos, sua realidade sócio cultural, ser mediadora em suas buscas e descobertas, respeitando seus limites e de forma incentivadora auxiliá-los a novas buscas, novos conhecimentos e superação de novos desafios. Acredito que ao agirmos assim, estaremos de forma ativa contribuindo e acompanhando seu desenvolvimento.
Educação Ambiental, o que é isso, qual seu foco de estudo? E para que serve? E Educação Ambiental Crítica? Seria complementar a ambiental, ou apenas uma nova nomenclatura?
Existe relação entre elas?
Muito ouvimos falar em educação sob diversos aspectos, porém de forma conservadora, embasada em pilares onde o conhecimento é visto, estudado e transmitido de forma separatista, fragmentária vem ocorrendo no decorrer dos séculos e em diversas culturas. Os “educadores” foram caindo na praticidade, no individualismo, tanto na forma de pensar como de agir, caindo no comodismo e se contentando assim com uma visão simplista do mundo, da educação e da vida. Tornaram-se transmissores de conteúdos, de conhecimentos, de regras, acreditando assim cumprirem seus papéis de educadores.
De modo fragmentário o ensino tem sido transmitido no decorrer dos séculos. A disciplinaridade se faz presente. De forma tradicional o conteúdo é passado e ceifando a possibilidade de uma discussão com problematização, sobre os mesmos. Exemplificando, vamos analisar a disciplina matemática, composta de fórmulas e operações próprias ensinam como calcular e resolver problemas matemáticos. Por que não associá-la à musica, uma vez que esta também tem fórmulas, escalas, compassos e valores ? O mesmo em relação a nossa língua, distinguindo e separando as vogais das consoantes para somar a quantidade de cada uma e chegar ao resultado do número total de letras que compõe nosso alfabeto.
A História e a Geografia são estudadas de forma individual em seus respectivos contextos, onde a abordagem dos conteúdos é focado em fatos específicos e os conhecimentos adquiridos desta maneira, é fragmentária, o que dificulta relacionar os fatos com o tempo e local geográfico que se realizaram.
E Na Educação Ambiental, cujo objetivo é levar para sociedade uma compreensão e a conscientização sobre o meio ambiente e sua importância a maneira sendo feita, através de teorias e definições, como: não sujar os locais onde freqüentamos, passeamos e vivemos; que o lixo deve ser reciclado e para preservarmos a natureza. Será isso o suficiente para se fazer entender? É uma abordagem clara e compreensível ás crianças em seus primeiros anos escolares e poucos de vida? O que ela vai assimilar e principalmente o que fará com tantas e novas informações?
E em relação a fauna e flora então, é desolador de como tópicos vitais como esses são transmitidos de forma simplista, mecanicista. Sem questionamentos, sem propiciar maiores e mais amplas fontes de conhecimentos, compreensão, entendimento, e menos ainda como trazer esses conceitos para sua realidade.
Acredito que a educação deva contribuir com uma leitura crítica derrubar os paradigmas estabelecidos por uma classe com interesses dominante, em que o egoísmo, o individualismo a competitividade exacerbada e a ausência do afeto, são suas fortes características.
A educação sobre todos os aspectos e áreas deveria ser trabalhada de forma questionadora, visando promover ações e busca de experiência, vivencia em diferentes áreas explorando os diferentes saberes, auxiliando educandos e educadores a e contribuir e participarem no processo de transformação da realidade, seja ela educacional ou sócio ambiental
Isso pode ser feito de maneira simples, objetiva, e mesmo que os conteúdos tendo sido abordados de forma abstrata e subjetiva levam a uma compreensão concreta o conhecimento adquirido.
Será isso possível? Com certeza, desde que rompamos com o muro da teoria mecanicista e partimos para a práxis, para a vivência.
Citarei uma ação educativa que fez parte da realidade escolar. Solicitei as crianças que trouxessem casa lixo que não é lixo, isso é; metal, papel, vidro, plástico e os colocar no lugar escolhido para ser a “casa deles”. Em um segundo momento, junto com eles foi feita a separação deste material. Aproveitando para trabalhar com eles formas geométricas, orientei que fossem colocados de tal maneira que fosse formando pequenas pirâmides e quadrados. Posteriormente trouxeram folhas e flores secas caídas no chão e juntaram aos demais, pois já havia sido ensinando que as mesmas formam o lixo orgânico.
A criatividade foi explorada quando lancei um novo desafio:
A Transformação do Lixo!
Suas ações foram movidas pela emoção, alegria, e o meu papel foi de observadora, mediadora, incentivadora, e participante. Lembrando sempre a importância da colaboração e troca e união entre todos na realização das atividades desenvolvidas. A construção de brinquedos usando os diversos tipos de lixo agradou a todos.
Assim a atividade foi desenvolvida com o esforço coletivo, e ainda que os pensamentos fossem individuais, estavam envolvidos afetivamente em um propósito e as idéias, opiniões de todos foram respeitadas, porém descentralizadas.
Acredito que podemos interferir superar dificuldades, pré conceitos, e contribuir na construção de uma nova realidade social. Que a nossa relação com o outro seja de forma que a razão não sobreponha a emoção, o individualismo seja substituídos pelo coletivo, a solidão pelo companheirismo e o amor seja o leme da educação em todos os aspectos em todas as faixas etária , caracterizando assim não apenas a escola Brasileira de Educação Ambiental , mas o ensino em sua dimensionalidade.

Thaís Guimarães



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