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Apresento-lhes a Baronesa
(Heber Salvador de Lima)

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´´ A vida heróica de uma jovem de ontem para os jovens de hoje.``
 ´´ Do fundo da noite...``
 O mal não está em ser bela, o mal está em não ser nada. Seria muito interessante para o mundo, se houvesse um concurso internacional de bondade. Seria lindo chamar a pessoa
mais inteligente, a mais generosa, a mais pura... Mas ninguém parece se preocupar com os valores da alma ou do coração.
 Apresento-lhes a Baronesa! Tão histórica quanto a Primeira Guerra Mundial. Estamos falando da Baronesa Catarina de Hueck. Catarina é um exemplo fabuloso de mulher forte. Suportou verdadeiro calvário um plena juventude com a fortaleza que poucos adultos mostraram até hoje na história da humanidade.
 A juventude moderna tem dois caminhos a escolher: ou a banalidade que não constrói nada, fugir da realidade estupidificando-se no topor das drogas...ou, então, a lucidez construtiva do ideal e do trabalho. Não há caminho médio entre a banalidade que degrada e o heroísmo que eleva. O meio termo é próprio dos covardes. Não é mais possível ser morno nos dias de hoje. Ou somos frios ou quentes. Ser quente pode ser sermos modernos, abertos, alegres, cristãos, na moda, irradiar calor de bondade sobre todos os que o rodeiam.
 E é por isso que apresento-lhes a Baronesa. Ela não é somente quente, ela é fogo!
 Catarina encontrou sua verdadeira vocação: a vocação de heroína. Não era, porém, um heroísmo estéril de puro exibicionismo. Tinha a mesma orientação fundamental que define todo heroísmo verdadeiro: a caridade e a dedicação ao próximo, sendo um exemplo fabuloso de esquecimento de si mesma, de seus títulos, de seu dinheiro, de sua beleza, para entregar-se inteiramente ao apostolado leigo.
 Catarina transformou-se num grande ato de vontade e numa grande prece. Foi em um leito de hospital que lhe deram a Cruz de São Jorge. Era a mais alta distinção militar que uma mulher podia receber na Rússia e antes de Catarina nenhuma mulher a recebeu em vida, cumprindo assim uma promessa que em tom de brincadeira fizera a seu pai.
 Catarina adorava o pai e nada neste mundo a levaria a qualquer palavra ou atitude que pudesse contrista-lo. Ao casar-se o ´´sim`` que ela disse ao jovem barão não foi dito a ele, mas ao pai.
 Deus era um presença presente em seu lar. Uma presença por vezes dolorosa, mas uma presença sempre alegre e vitoriosa.
 Ninguém derrotava a jovem Baronesa que caíra do alto de sua nobreza sem quebrar um dedinho sequer. Caíra de pé. E com os olhos no céu.
 Ficava para traz a Rússia, a nobreza, o dinheiro e o luxo...Ali morria definitivamente a Baronesa e, do outro lado do mar, chegaria apenas a senhora de hueck, imensamente pobre de bens materiais, mas fabulosamente rica de fé, de amor à vida, de otimismo e de juventude. Ela não olhava para traz. Quando uma pessoa começa a olhar para traz na vida é sinal de que está ficando velha...E Catarina tinha apenas vinte anos. Os anos de sua mocidade transcorreram entre o trabalho e a bondade.
 São o trabalho e o amor que fazem o mundo ir para frente. Se o mundo está cheio de pessoas problematizadas, psicoanalizadas, desmoralizadas é porque se trabalha pouco e se ama menos. Ama-se menos o verdadeiro amor com que se esquece de si para pensar nos outros e não de um disfarce que se usa na busca de prazer insensível. Refiro-me ao amor da Baronesa.
 A juventude de hoje não tem o que fazer nem o que amar. Fogem de uma realidade vazia de amor e de trabalho para os domínios do sonho e do devaneio. Os problemas que enfrenta a mocidade atual são as farras longas e o trabalho curto.
 A escravatura branca é uma das manchas da nossa civilização. Existem homens que fazem dinheiro com a miséria e a corrupção alheia, enchem os cofres e os bolsos a custa da degradação de almas jovens e inocentes; homens que comercializam o pecado e o vício.
 Voltaram os dias da abundancia e a rede fina e perigosa da riqueza enredou novamente em suas malhas a jovem Baronesa. Na altura luminosa da riqueza Catarina levou o grande susto de sua vida: O susto de se ver rica.
 A Rússia era uma porta fechada para ela, o que constituiu o único espinho neste perfumado ramalhete de rosas.
 Aos 15 de outubro de 1930, festa de Santa Teresa, a grande fundadora, Catarina se fez pobre e instalou-se em uma velha casa de um bairro populoso de Toronto. Mas não estava sozinha, havia cinco moças com ela,
 Era a primeira das célebres ´´Maisons d’ Amitie`` _ Casa da Amizade.
 Catarina acreditava firmemente que se deve dar um peixe ao faminto, contanto que lhe de também, um anzol e uma vara para pescar.
 Ela e suas primeiras discípulas chegaram q trabalhar 15hs por dia. Apareciam dezenas de moças desejosas em ajuda-la e a razão era simples: a juventude gosta de autenticidade. Sermões bonitos, livros bem escritos não resolvem os problemas se não houver um exemplo confirmando a palavra. A melhor maneira de conquistar os jovens é trabalhar para eles, e depois, trabalhar com eles para ajudar o próximo. A Baronesa se viu rodeada de tanta juventude ansiosa de se dedicar aos outros que multiplicou as Casas da Amizade.
 



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