O TAPETE DE OURO - FÁBULAS
(ESOPO)
Esopo em maioria de seus contos, fábulas e relatos só faz conhecer o miolo da sua estória. Esta fábula é esquecida porque parece que já disse tudo - "Um mercador arrematou barato no leilão um grosso, feio, escuro e pesado tapete apreendido pelos fiscais do Império. Ao chegar em casa descobriu que seu recheio era um forte trançado de fios de puro ouro de lei". Como na maioria dos textos de Esopo não existe a "moral da estória" muitas das lições morais terão que ser mostradas pelos futuros narradores. Neste caso, parece concluída a narrativa. Entretanto... Os leitores ficarão, na certa curiosos sobre o resto da estória... Será que o mercador devolveu aos ficais explicando qual era o conteúdo da muamba? Será que ele retirou e fundiu o ouro em barras e foi embora para outras terras? Será que ficou com o tapete como ele era? Será que resolveu ir vendê-lo em terras distantes? Será que o dono verdadeiro vem atrás do seu precioso tapete? E neste caso não haverá fuga para o mercador? Será que esse ouro estava tecido com artes ocultas e serviria para curar doenças, acalmar nervos, ou elevar a consciência de quem nele meditasse? Talvez o simples fato de ser ouro já fosse causador de mais saúde a quem o utilizasse. Ou ainda, os deuses estavam testando a qualidade moral dos envolvidos na estória? Incluiremos nossos leitores nesse teste, né?
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