Resumo DE O CORTIÇO
(Aluízio de Azevedo)
O cortiço: formigueiro humano
Obra das mais belas de nossa literatura, O Cortiço de Aluízio de Azevedo é um convite para megulharmos profundamente nos emaranhados de nossa história a fim de perceber que os problemas sociais de hoje tem raízes históricas.
O Cortiço é um retrato de uma gente miserável vivendo de migalhas e se sujeitando a processos empobrecedores de vida, sem as mínimas condições de ascenção. Na obra, é perceptível em João Romão, ator principal da trama, o típico burguês esperto, que quer tirar proveito de tudo e de todos, custe o que custar. Para ele, enriquecer vale todo sacrificio e tramóia; o que não pode deixar de existir é o lucro ligeiro e alto nos negócios.
Junto com Bertoleza, escrava para a qual ele forjou uma carta de alforria, construiu o Império João Romão, um amontoado de casinhas para aluguel, que foram aos poucos sendo ocupadas, dando vida e agitação ao cortiço. Naquele espaço, apesar das míseras condições de vida, os hóspedes, pobres empregados da informalidade, eram explorados amargamente pelo usurento proprietário, que além de cobrar preços absurdos pelos quartos, impunha aos moradores a obrigação de ter que comprar em sua quitanda.
Seu "Cortiço" é formado pelos mais diferentes tipos cariocas da época, alguns sujeitos sérios, outros, vítimas da situação. Exemplo personificado de beleza é a Mulata Rita Bahiana, mulher agitada, que pela formosura do corpo, seduz a muitos dos homens do cortiço, chegando, no auge da obra, a ser o pivô de uma grande intifada que ocasiona sérios problemas à vida do cortiço.
A obra é um convite irrecusável à leitura, sobretudo por fantasiar nosso imaginário, atribuindo à época um toque de virtualidade e, ao mesmo tempo, conflituosidade, que nos faz reviver todos os acontecimentos como se estivessem presentes ainda em nosso meio.
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