Do cabare ao lar
(Margareth Rago)
Resumo:
No capitulo em questão a autora fala da questão da habitação popular e seus ensejos no Brasil. A temática seria a solução dos problemas habitacionais na década de 1930. Onde uma serie de medidas seriam pensadas para a solução dos mesmos. Isto se faria através de uma burocracia impessoal e técnica ao mesmo tempo. As estratégias utilizadas eram de diciplinarização da classe do proletariado (classe operaria) que eram vista como a única razão dos problemas de urbanismo da época. O problema seria o mau cheiro que vinha das moradias dos trabalhadores. Essas habitações seriam os cortiços, lugares sem a menor condição de serem habitados devido às péssimas condições de higiene desses locais. Problemas que seriam discutidos no 1° Congresso de Habitação Popular realizado em maio de 1931.
PALAVRA CHAVE:
POBREZA- SAUDE- IMORALIDADE
Em meados da década de 1920 se constitui um novo dispositivo estratégico de moralização do proletariado, isto fica marcado no 1° Congresso de Habitação realizado em 1931.
A estratégia de diciplinarização do trabalhador e a rede de relações familiares a partir da construção de Vilas Operárias e de toda organização do lazer do operário sendo um lugar totalmente fechado, caracterizando o período da formação de trabalho livre do país.
Na década de 20 um novo regime se instaurava através da burocracia impessoal, técnica e racional e discutia e resolvia aquilo que ela própria determinava.
O exercício do poder na perspectiva operária cede lugar ao exercito invisível das técnicas disciplinares que foram impostas das soluções aventadas por todo um corpo de “especialistas”.
A questão da habitação popular era tematizada e construída por todo um arsenal de conhecimentos mobilizados pelos dominantes, menos como problema material ou financeiro como a questão moral.
A problemática da habitação operária, inicialmente constituída pelo saber médico-higienista e progressivamente incorporados pelos saberes técnicos e científicos e “objetivos” da engenharia, da arquitetura e da sociologia sofreu um deslocamento através de operações em que as imagens e representações imaginárias se acoplaram ou se opuseram criando todo um campo de dimensão simbólica e real.
Realizado em maio de 1931 em São Paulo seu objetivo era buscar soluções para os problemas do urbanismo entre os quais as habitações dos trabalhadores.
Os parâmetros a serem usados era a de paises mais “civilizados” como: Inglaterra, França e Estados Unidos. Os engenheiros tentavam diagnosticar a origem dos aspectos mais marcantes do proletariado que a habitação que na sua maioria era precária.
Para melhor se expressar sobre o assunto a autora fala sobre três artigos que seriam importantes para o entendimento da problemática: “Sugestões para a solução do problema das casas operárias” “Habitações econômicas” e “casas populares-cidades/jardim”
Nos textos predominavam os conceitos progressistas do urbanismo europeu.
A habitação popular passa a ser no discurso dos especialistas. Reclamavam uma ação mais efetiva dos poderes públicos, responsáveis pelo abandono em que se encontravam a classe do proletariado, ao contrario da classe media, os engenheiros e arquitetos constatam as péssimas condições em que vivem os trabalhadores rurais e urbanos.
A ciência e a técnica devem indicar soluções para superar os obstáculos que os homens enfrentam em sua relação com o meio. As inovações tecnológicas devem ser aproveitadas na remodelação da cidade na linha do pensamento urbanístico progressista assegurando a saúde e a higiene dos habitantes.
Estavam fissurados com desejo de desaglomerar os pobres de todos os espaços de sociabilidade.
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