O Sexo e o Ciúme
(Willian Lloyd)
O que os ciumentos exigem é amor exclusivo. Todas as nossas emoções são, em ultimo grau, de amor próprio. E as raízes do nosso ciúme estão no nosso egoísmo.
Em sua devida forma e grau, os ciúmes são uma apreciação intensa de alguma coisa coisa preciosa e legitimamente possuída; ao mesmo tempo são a defesa dessa coisa preciosa e a garantia de sua posse. Em sua forma anormal, são os ciúmes a conquista de algo desejado e negado, a luta por egoístico monopólio.
Mas os ciumentos julgam licito os seu proceder. Quando o animal se fez homem, logo tratou de converter-se em guerreiro, e o guerreiro fez logo escravos, recolheu também escravas e empregou sua força em violenta-las e defender seu monopólio violento contra qualquer recém chegado. Seus ciúmes eram então o do negreiro. E por conveniência o negreiro reconheceu e retificou essa forma de relação. O Matrimonio veio a ser o poder pelo qual se imporia a violência, mas um poder legalizado através do rito, que sancionado pelo clã, se convertia em direito.
E a mulher igualmente escraviza o homem. Todos sempre queremos, pela força ou pela fraude, possuir os previlégios do negreiro. Ainda queremos defender o nosso monopólio, mesmo ferindo ou matando.
Para serem felizes tanto individuo, quanto nações, é necessário que sejam livres na maior medida possível.
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