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O "SÃO SEBASTIÃO DO TIJUCO PRETO"
(Constantino Leman)

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A monografia sobre o "São Sebastião do Tijuco Preto" de Constantino Leman tem prefácio de Silva Ramos, romancista; fala do esforço do autor para realizar a pesquisa, as dificuldades naturais como a falta de documentação, tendo que recorrer ao testemunho idôneo de moradores da cidade adotada como sua terra - Piraju - suprindo a história oficial do município. Na "orelha" temos a biografia do autor redigida por Luiz Caramaschi - lembrando que "nenhuma coletividade pode tomar consciência de si mesma, sem deslembrar a sua história". O autor discorre sobre a história politica-social e econômica do então nascente municipio, primeiros moradores e como se organizou o que hoje é a cidade. Retrata a infância da turística "Estância Piraju" localizada às margens do rio Paranapanema - São Paulo. A narrativa tem início com a viagem da família Arruda e seu itinerário desde a cidade de Botucatu, passando por São Bartolomeu, Coqueiros e Manduri antes de atingir as barrancas do rio caudaloso cheio de corredeiras. Joaquim Antonio de Arruda comprou terras nessa região e para lá se deslocou com a família, agregados, uma boiada, mulas -(1856); atravessa campos, riachos, coqueirais, terrenos a princípio acidentados e depois mais abertos - os chapadões, até chegar a Manduri; nome devido à presença de grande número das pequenas abelhas. Acamparam e os filhos partiram em busca do rio que servia de referência para a localização das terras. Tinham notícias da presença de índios Caiuás na região e temiam um encontro. Ao atingir as margens do rio Paranapanema devido a dificuldade de atravassá-lo, acamparam no "bairro dos catetos". Nova busca e encontraram uma passagem, ganhando a outra margem com a comitiva. Encontraram famílias já instaladas - Domingos Faustino de Souza, cujas terras faziam divisa com as de Joaquim Antonio de Arruda e o vizinho João Antonio Graciano. O espírito religioso da família Arruda, devota de São Sebastião, veio de encontro ao desejo dos outros moradores de construir uma capela. A doação de terras entre as famílias Arruda, Graciano e Faustino deu origem ao Patrimônio de São Sebastião do Tijuco Preto. A construção da capela atraiu a curiosidade da vizinhança e moradores como Nhá Zuina que se sentiu provocada. A capela foi construída e o sino trazido de Botucatu foi instalado ao lado. A possível origem da denominação "Tijuco Preto" - considerado uma corrupção da expressão guarani da palavra Teyquê-pê que significa entrada (Teyquê), e caminho (pê). O local já era conhecido na capital graças aos "cometas" - comerciantes que percorriam a região em lombo de burro e serviam de correio e jornal levando e trazendo notícias. No capítulo dedicado aos "Caiuás" conta como chegaram à região. Uma tribo de índios caiuás de nome "Piraju" se instalara na região em 1845; fugiam dos indios "coroados" em busca de caça e pesca farta do rio. Uma parte ficou em Itararé em terras pertencentes ao Barão de Antonina onde missionários italianos trabalhavam na catequese; a outra veio para Tijuco Preto. O contácto com esses índios procurando trabalhadores para suas terras, Arruda descobriu que eles possuiam uma imagem em madeira do santo de sua devoção - São Sebastião! Feita a troca e despertada a cobiça, segundo a história, seguiu-se uma série de incidentes de roubo da imagem já instalada na capela; após várias diligências, inclusive do Barão do Rio Branco, a pendência entre indígenas e moradores de Tijuco Preto foi solucionada; a imagem permanece na atual Igreja da Cidade. Prossegue com o histórico da criação da Paroquia de São Sebastião do Tijuco Preto (29/08/1872) e as eleições de Juízes de Paz, Vereadores e "Eleitores". O município foi criado pela lei 111 de 25/06/1880 - cita os primeiros personagens da história politico-social do muncipio cuja população esparsa refletia o quadro nacional da época, gerando conflitos de interesses. A região foi considerada "covil de criminosos" até quando o Gal. Ataliba Leonel assumiu o comando político.Fala da importância do rio Paranapanema como via de acesso ao interior junto a uma estrada com ramificações ligando localidades como Fartura, Belo Monte (Tejupá), Tijuco Preto, Ilha Grande (Ipauçau). Cita as três principais ruas e as nove travessas; dados estatísticos (1886) das atividades comerciais e agropastoris - produção de fumo, café, cana, criação de porcos. Fala da administração municipal sem verbas nem para iluminação pública autorizando aos moradores a iluminarem a frente de suas residências. Piraju se destacou por ato da Câmara no dia 15/01/1988 antecipando a abolição da escravatura; não há registro do número de beneficiados. A Proclamação da República trouxe um novo quadro de interesses e conflitos à cidade. Em 1890, o intendente Benedito da Silveira Camargo solicitou a mudança do nome da cidade para "São Sebastião de Piraju", primeiro e verdadeiro nome. Cita várias pesquisas para determinar a origem do município - teria sido desmembrado de Botucatu ou pertencente a Faxina (Itapeva); ou teria pertencido a Rio Novo, atual Avaré. Encerra o trabalho oferecendo-o ao Brasil como o "retrato da infância de uma das mais belas cidades" - Piraju.



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