Para aqueles que amam demais
(Ana Maria Leandro)
A viagem pelos terrenos do amor é sempre imprevisível. Este amor, que se infiltra por arestas invisíveis, faz do absurdo o possível e do inesperado o onipresente. Este amor de mil faces, que às vezes nos transforma em personagens antagônicos, difíceis de sermos compreendidos, pois o amor não nos dá confiança de dar explicações...
Este livro foi escrito por amor, por isto a autora deseja que também seja oferecido por alguém que ama, a alguém amado. Se os personagens das histórias são reais ou não, pouco importa.
Real mesmo e absoluto no universo só o amor. Só ele destina a vida. Por isto as pessoas ganham a força do amor que sabem oferecer. Alguns já se foram e deixaram a saudade, que por dolorosa que seja, apenas explica a eternidade de amar. E é também por este sentimento que a autora colocou na obra alguns textos e poemas in memorian, a pessoas que jamais deixarão de ser amados. Nesta, ou em outras vidas se houver.
Assim são os que amam; o prazer é oferecer, porque o amor se basta por si mesmo. Ainda que este amor não se realize, ele se eterniza, inclusive pela sua impossibilidade. As rugas de uma bela e octogenária mulher, não contam a ninguém as dores que a fizeram verter lágrimas na adolescência por um amor impossível. Mas este lhe deu o poder de conversar com as rosas.
Até numa fábrica os trabalhadores descobrem, que às vezes as máquinas ganham coração. O coração de quem é capaz de lhes dar amor.
Os animais também ás vezes fazem questão de demonstrar quanto amam os seres humanos que deles cuidaram com carinho.
Será o amor um sentimento capaz de destruir? Não o verdadeiro amor... O Amor real é por sua natureza construtiva. Aquela mulher amou até perceber que estava sendo destruída. E então se amou, cortando os laços que não lhe possibilitavam ser. Um leitor demonstra, entretanto, que é possível ao Amor resgatar o paraíso...
Você que tem também a sua história de amor, com todas as lágrimas e alegrias que este sentimento pode causar, sem dúvida vai se ver tocado pelos acordes deste sentimento, que invade vidas com ou sem o consentimento de seus atores.
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