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O FUTURO DA HUMANIDADE
(AUGUSTO CURY)

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O estudante de medicina, Marco Pólo, com um temperamento questionador, vai com sua turma para o primeiro dia de aula prática, ao laboratório onde o mestre irá mostrar como dissecar cadáveres. A cena nada agradável deixa alguns com estômago revirado, outros com lágrima nos olhos. Mas o que choca Marco Pólo, mais que tudo e ao contrário dos outros, é a frieza com que o Professor trata os cadáveres ali expostos. Logo que o professor, indiferente as reações da turma começa a falar sobre as técnicas do procedimento Marco Pólo pergunta “quem são as pessoas cujos cadáveres seriam dissecados”. O professor, pasmo diante do questionamento inusitado, responde a ele “que está ali para estudar medicina e não filosofia”. Marco Pólo não se dá por vencido e depois de um curto debate o professor o desafia a buscar a história de um dos cadáveres, certo de que ele jamais conseguiria, pois se tratava de mendigos indigentes e o aluno de um agitador. Marco Pólo desafiado não se deu por vencido. Foi até a assistente social do hospital escola tentar descobrir a ficha dos cadáveres. Apesar da pouca “boa vontade” da profissional consegue arrancar dela algumas informações sobre um mendigo que conhecia um dos cadáveres, mas o desaconselhou o investigar, pois “ela mesma havia tentado sem nenhum sucesso”. Na primeira oportunidade o estudante foi às ruas tentar localizar o mendigo, e para sua surpresa não foi difícil encontrá-lo. Difícil mesmo foi conseguir uma aproximação. Falcão como ele mesmo se denominava tinha convivido com o “Mestre” cujo cadáver estava no laboratório. Tentou uma abordagem direta, dizendo logo que seu amigo estaria sendo dissecado sem que ninguém nem sequer soubesse quem ele era, sem dar importância nenhuma para sua história. Tudo o que conseguiu foi uma ficar falando sozinho. Não desistiu. Voltou no dia seguinte e no outro e no outro.... tentava novas formas de investida, novos argumentos, inventava desculpas, até se fantasiava para tentar se aproximar do andarilho. Deu resultado. Aos poucos Falcão que era um homem inteligente e de muito conhecimento reconheceu no rapaz sua verdade e determinação e passaram a ser amigos. O desenrolar da história é fascinante com Falcão se desarmando diante do amigo e contando sua história ao mesmo tempo que lhe passava lições que marco Pólo jamais sonhou em encontrar nas ruas. Conseguiu enfim, levar para o professor da universidade a história que havia sido desafiado e mais que isso: mostrou a todos que havia muito mais a ser aprendido sobre cada corpo que encontravam nos laboratórios. Com Falcão decidiu que seria um psiquiatra para tratar das pessoas e não apenas de suas doenças. Queria descobrir o mundo que existia por traz de cada ser humano.
Essa foi apenas a primeira grande lição que o jovem estudante aprendeu e conseguiu dividir com seus colegas e professores. Durante sua carreira conviveu com muitas outras situações onde impunha seus questionamentos, derrubando mitos e levando as pessoas a reflexão. Não questionava apenas por questionar, sensível, inteligente e defensor da condição humana, argumentava baseado sempre em teorias fortes e de grandes filósofos ou doutores. Como médico residente influenciou colegas e superiores inflexíveis e insensíveis diante dos sentimentos das pessoas. Em sua especialização em um hospital psiquiátrico mudou conceitos e defendeu um tratamento mais humanitário, com mais atenção e carinho e menos medicamentos. Com isso comprou briga com grandes empresas farmacêuticas. Encontrou grandes desafios e desafetos pelo caminho, mas indiferente a tudo seguiu conquistando espaço e admiradores por onde passava tentando despertar nas pessoas o lado humano da medicina, pelo menos na psiquiatria e psicologia. Apaixonado pela profissão lutava para não perder a “sensibilidade” diante das adversidades. Não queria se tornar mais um profissional manipulado pelo sistema.  Defendia a ética, a fraternidade, o respeito entre pacientes e profissionais. Mesmo o livro tratando especificamente de medicina, deixa uma grande lição. Todos os conceitos tratados pelo escritor através do nosso jovem médico, se aplicados, poderiam fazer uma grande revolução para qualquer área de nossa sociedade.Com a amizade de Marco Pólo Falcão resgatou seu passado e retomou sua vida, mas nunca se distanciaram. Marco Pólo aprendeu com o amigo que o que vale são as pessoas e o melhor delas está no que pensam e sentem. Aprendeu a ouvi-las e incentivá-las. Tornou-se um médico reconhecido e amante da vida.



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