Crise Mundial
(Contexto Histórico - 2001 - 2008)
Após a crise das empresas "Pontocom", em 2001, o mercado imobiliário dos EUA passou por uma fase de grande expansão. O Federal Reserve (Fed, espécie de BC americano) diminuiu as taxas de juros, a fim de encorajar os consumidores a fazerem empréstimos e investimentos nos imóveis. Em 2003, os juros do Fed chegaram a 1%, menor taxa dos últimos 50 anos.
As companhias hipotecárias, vendo o andamento dos negócios, começam a investir em um novo segmento de mercado, os consumidores "subprime", clientes com menor renda, e muitas vezes com histórico de inadimplência e dificuldade de comprovar renda. Devido ao maior risco em negociar com essa categoria, os juros são mais altos, e a taxa de retorno maior.
Os bancos então começam a comprar os títulos "subprime" das companhias hipotecárias, e a liberar novos empréstimos antes mesmo do anterior ser pago. Os bancos revendem os títulos para outros gestores, e assim, forma-se uma cadeia de venda de títulos. Contudo, se a primeira fonte do título não consegue quitar sua dívida, todos os outros investidores são prejudicados.
Resultado: O mercado passa a ter medo de investir nos "subprimes", gerando uma retenção de créditos, crise de liquidez.
Após o pico em 2006, o preço dos imóveis começam a cair, e a oferta passa a ser maior que a demanda. Se os mercados param de comprar, diminui-se o capital de giro, menos empresas lucram, e menos pessoas são contratadas.
Devido à tamanha globalização, os créditos dos EUA convertidos em ativos, podem render juros também para investidores de outras localidades.
Nesse cenário, alguns bancos preocupados com o recebimento dos créditos "subprime" reagiram com pânico: O American Home Mortgage pediu concordata, e a Countrywide Financial acabou sendo comprada pelo Bank of America.
A crise foi renovada, quando em novembro de 2007, as companhias hipotecárias Fannie Mae e Freddie Mac sinalizaram uma possível quebra. Quase metade dos US$ 12 trilhões em empréstimos para o EUA em seus regristros, o Banco do Tesouro anunciou uma ajuda de aproximadamente US$ 200 bilhões.
Para combater a crise, o Congresso dos EUA aprovou um plano de ajuda de US$ 700 bilhões. São incluídos no plano mais US$ 150 bilhões em corte de impostos e benefícios fiscais. A espera é que a medida possa neutralizar os efeitos da crise, porém, analistas dizem que o desempenho americano será inferior nos próximos trimestres.
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