O Romantismo inglês
(A. Pereira)
Próprio da geração, e natureza, dos românticos, é a experiência da fragmentação e alienação do indivíduo perante si mesmo, os outros e o mundo; a capacidade de ordenar e estratificar racionalmente a realidade, possível e praticável até finais do séc. XVIII, deixa gradualmente de fazer sentido, sobretudo quando a Europa atravessa um período política e socialmente crítico. Todas estas figuras maiores do romantismo inglês – Blake (que o antecede), Wordsworth, Coleridge, Byron, Shelley e Keats - , apesar da diversidade da sua expressão, sentem a urgência de uma mudança, e cultivam-na: dando primazia à imaginação e à fantasia, contra o postulado da razão, preferindo o igualitarismo liberal à hierarquia feudal da sociedade, e dedicando-se à redescoberta da sensibilidade, ao culto da subjectividade, preterindo a retórica analítica do iluminismo. A sua forte consciência histórica e linguística, saturada do racionalismo e didactismo retórico herdado do séc. XVIII, leva a que se reformulem formas poéticas entretanto esquecidas, como o hino, a ode, a balada, o conto, ou a que se desenvolvam formas de escrita como o romance, o diário, a epístola, e o ensaio estético-filosófico.
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