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Hiroshima
(John Hersey)

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Srta. Toshiko Sasaki, Dr. Masakazu Fujii, Sra. Hatsuyo Nakamura, Padre Wilhelm Kleinsorge, Dr. Terufumi Sasaki e Reverendo Kiyoshi Tanimoto. Se você sobreviveu à leitura dos nomes, muito bem. Eles sobreviveram à estrondosa força da bomba atômica lançada sobre a cidade de Hiroshima, no Japão, por parte daqueles que sempre estão dispostos a uma surpresinha inconveniente, os Estados Unidos. Essas pessoas que subsistiram ao horror e à covardia do ataque nuclear foram protagonistas daquela que é considerada a mais importante reportagem americana do século XX: Hiroshima, de John Hersey.
A classificação que deu o primeiro lugar à reportagem do então jornalista da revista The New Yorker, é de uma pesquisa realizada pela universidade de Nova York, a New York University, em 1999. A reportagem de Gay Talese sobre Frank Sinatra resfriado, por exemplo, ficou em quadragésimo terceiro lugar. E olha que não é pouca coisa.
No dia 6 de agosto de 1945, Hiroshima já acordou com o pé esquerdo. O primeiro ataque atômico da história destruiu a cidade, às oito e quinze da manhã. O jornalista, John Hersey, foi à cidade conferir os destroços e lá ficou de 25 de maio de 1946 a 12 de junho do mesmo ano. Levou seis semanas escrevendo a reportagem que ocuparia a edição inteira da revista The New Yorker, de 31 de agosto de 1946.
A repercussão foi tremenda nos Estados Unidos e fora do país. Os trezentos mil exemplares sumiram das prateleiras em poucas horas. Foi vapt-vupt. O ataque nuclear matou mais de cem mil pessoas, sem aqui contabilizar as que foram seriamente feridas. Um acontecimento de importância imensa foi eternizado pela reportagem de Hersey, tornando-se um verdadeiro documento histórico.
O jornalista voltou à cidade quarenta anos depois e reencontrou os seis sobreviventes que entrevistou na década de 40. Os efeitos, as conseqüências de se brincar com bombas nucleares, a destruição em massa e o caráter irreversível da ação que chocou a todos, mas, principalmente, a quem protagonizou tamanho horror, foram retratados em um livro exemplar: Hiroshima, de 1985.
A irracionalidade do ataque, as doenças causadas pela radiação e os hibakushas – pessoas que sofrem os efeitos da bomba, entre outros pontos explorados por John Hersey, fazem parte do livro Hiroshima, relançado pela Companhia das Letras, em 2002, da coleção Jornalismo Literário. Obra sem data de validade e sem contra-indicação.
A capacidade de concisão do autor, aliado à complexidade do fato narrado, é incontestavelmente admirável. O jornalista consegue reproduzir a angústia, o sofrimento e todos os sentimentos de quem passou por esse espetáculo repugnante, sem se valer do sensacionalismo. Através da narrativa jornalística de John Hersey, pode-se vivenciar e lamentar pela população da cidade arrasada. Arrasada em todos os sentidos que lhe cabem. 
 



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