O Prazer Do Texto
(ROLAND BARTHES)
NESTE livro, interroga-se freqüentemente sobre o sujeito. Por que se diz prazer do texto e não gozo do texto, já que este é uma etapa avançada daquele? A resposta reside no fato de que o exercício textual contém numerosas espécies de reações, cada uma delas pode transformar a felicidade e a satisfação, isto é, o prazer, em pleno sentido da palavra, em perdição na qual há a anulação da própria personalidade, a decomposição e é somente aí que se pode falar com propriedade em gozo. BARTHES, nesta obra, lamenta que o léxico francês não possua um termo capaz de reunir ao mesmo tempo os sentidos de prazer e de gozo. Daí provém a confusão que caracteriza, às vezes, o sentido de um termo para designar um outro. Este livro nos convida também a refletir sobre os textos que caem em nossas mãos: se eles tratam do PRAZER ou se falam do GOZO. Para BARTHES, o prazer está relacionado ao EU, proporcionando-lhe tranqüilidade, calma e satisfação, o que o relaciona o prazer ao espaço da leitura clássica; já o gozo é uma ordem de leitura na qual o SUJEITO se perde, decompõe-se e começa a viver a experiência de uma consumação gratuita de onde o gozo jorra com suas cartas de nobreza. Segundo este paradigma, pode-se dizer que muitos dos textos que conhecemos e amamos são textos de PRAZER, e que os textos de GOZO são raros!
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