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Biomecânica da natação (parte 3 de 5)
(El Patron)

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Para uma análise biomecânica sobre a flutuação tem que se considerar dois pontos estratégicos, o centro de empuxo e centro de gravidade. Quando o centro de gravidade do nadador e o centro de empuxo coincidem, ou estão verticalmente um acima do outro, o corpo manterá a sua posição horizontal. Quando o centro de empuxo não coincide com o centro de gravidade ou não está juntamente com ele sobre a mesma linha vertical, quase invariavelmente o centro de empuxo situa-se mais próximo da cabeça do que o centro de gravidade. Quando isso acontece significa que o peso e a força de empuxo agem como um binário que tende a forçar as pernas e pés em direcção para baixo. Nestes casos os pés caem regularmente até que seja alcançado um ponto em que o centro de gravidade e o centro de empuxo estejam ao longo da mesma linha vertical, de seguida o corpo flutua nesta posição.
A título de curiosidade é provado cientificamente no âmbito da mecânica dos fluidos que o volume máximo de água que uma nadadora pode deslocar é igual ao volume do seu próprio corpo.
Em seguida vamos proceder a uma análise biomecânica das técnicas de natação propriamente dita. No crol, como a posição ideal do corpo é a que permite ao nadador maximizar as forças propulsivas e minimizar as forças resistivas que ele encontra, o nadador assume uma posição em que a sua cabeça se encontra relativamente baixa na água (linha de água na linha do cabelo), quadris um bocadinho mais abaixo do que os ombros, e as suas pernas relaxadas e estendidas para trás. A maioria dos nadadores utiliza uma acção na perna chamada “pernada ondulada”. Nesta as pernas alternam-se em um vertical ou quase-vertical movimento para cima e para baixo, impulsionando primeiro para cima e para trás, quando a perna é trazida em direcção á superfície e, em seguida para baixo e para trás, quando ela desce para complementar o ciclo. Com o joelho (articulação biaxial-condilatrose) estendido e o tornozelo em flexão plantar, a acção para cima é primariamente uma extensão do quadril. A acção para baixo incorpora uma flexão do quadril, junto á flexão e á e extensão do joelho, nesta ordem. É importante referir que a acção descrita da perna para baixo gera uma maior propulsão do que a acção da perna para cima. Quanto à acção do braço esta é analisada em duas fases: a fase de puxada e a fase de recuperação ou de sustentação. A posição da mão é muito importante nos quatro estilos. A fase de puxada é iniciada quando a mão entra na água e termina quando ela sai. A mão deve entrar na água pelo dedo polegar e sair pelo dedo mindinho. Existe um ponto importante na fase da puxada que é o ponto no qual o braço começa a provocar uma reacção propulsiva da água. Para assegurar essa força propulsiva, o nadador terá que dobrar o seu cotovelo quando começa a trazer o seu braço para baixo e para trás, isto fará reduzir a distância entre o ponto da força aplicada e da força resultante permitindo uma maior eficiência energética pois no crol não existe muita necessidade de aplicar forças para baixo para ter uma força resultante para cima para respirar, já que a respiração nesta técnica é lateral e não frontal. Assim, nesta fase de puxada os músculos que fazem a rotação do braço contribuem para a força que ele aplica para trás e para baixo, mantendo a mão a mover-se horizontalmente para trás por uma maior distância e maior tempo. A fase de recuperação é quando o nadador retira o seu braço da água num movimento rotatório, preparatório para a sua entrada e o início da próxima fase da puxada. Nesta fase regista-se um levantamento do braço, com o cotovelo alto coordenada com a ligeira rotação do tronco, a qual eleva o ombro e então contribui para a acção de levantamento do braço. Para minimizar a oscilação das pernas no eixo longitudinal contra a acção de recuperação do braço, este é trazido para a frente num plano tão vertical ao movimento de nado quanto a posição do nadador o permita. Quanto à respiração verifica-se que um bom nadador tenta a efectuar o menor número de respirações que sejam compatíveis com as suas necessidades fisiológicas, pois isto interfere com a sua habilidade de produzir força propulsiva e aumenta a resistência que ele encontra na água. Na respiração, o nadador gira a cabeça sobre o eixo longitudinal até que a boca, colocada na onda de arco criada pela cabeça, saia totalmente da água, e assim ele inspira e volta a colocar a cabeça girando-a uma vez mais sobre o eixo longitudinal para a sua posição inicial. O ideal é que o nadador coincida o seu eixo longitudinal de rotação com a linha da superfície de água.



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