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A CABANA CAPÍTULO 1
(William P Young)

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Março desabou em chuvas, depois de um inverno intenso e muito seco, uma frente fria veio do Canadá o que proporcionou rajadas de vento que vinham pelo desfiladeiro, mesmo sabendo que a primavera estava por vir, um cobertor de neve ainda cobria recente nas Cascades, e agora a chuva congelava ao bater no chão fora de casa.
este era uma motivo mais que suficiente para Mack ficar lendo um livro e bebericando uma sidra quente,e isso fazia que ele se aconchegasse ainda mais no calor da lareira.
Mas, em vez disso, Mack passou a maior parte da manhã no computador dando telefonemas de vendas.Frequentemente ele parava em frente à janela e via o acumulo do gelo lá fora. Tomando coragem ele foi para fora, depois de se vestir com muitos agasalhos olhar a caixa dos correios. Foi quando ele deparou com uma carta que dizia:
" Mackenzie, Já faz um tempo. Senti sua falta.Estarei na cabana no fim de semana que vem, se você quiser me encontrar. Ass. Papai "

Mack ficou estático. Esforçava-se para pensar o mínimo possível na cabana, e seus pensamentos não eram agradáveis e nem bons.Aquilo sim, era uma piada de mau gosto e assinar "Papai", só tornava a coisa pior ainda.
-Idiota - resmungou, achando que fosse Tony, o carteiro. Percebeu que o envelope não estava selado e com raiva enfiou o bilhete no bolso do casaco.Os ventos estavam fortes, mas de repente Mack se viu no chão, bateu primeiro a nuca. O mundo ficou escuro por uns instantes, e ali permaneceu deitado, tonto e olhando o céu.
- Agora, quem é o idiota? - resmungou consigo mesmo, esperando que ninguém estivesse olhando.
com o gelo áspero e o cascalho afiado, Mack engatinhou, mesmo cortando mãos e joelhos até chegar em casa ficando com muito esforço em pé.
Com muito esforço conseguiu ver o corte na nuca através de um espelho, tentou fazer um curativo, mas desistiu. Amarrando uma toalha de rosto na nuca, para diminuir a tensão, viu que precisava esperar Nan chegar para fazer os curativos. Engoliu 2 analgésicos e foi mancando até a porta da frente. Mas Mack pensava no bilhete. Chegou a ligar para o correio local a procura de Tony, mas viu que ele não tinha chegado aà cidade mais próxima Wildcat e nem à sua casa. Percebeu que o bilhete não vinha do correio..
Mack se encostou no sofá e pegou no sono quando o telefone tocou. Era Nan, avisando que não poderia voltar para casa, mas que estava na casa da irmã Arlene e com esse tempo eles passariam a noite lá. Estavam preocupados com Kate, já que ela se sentia tão culpada..
-Rezei muito para Papai, - era assim que Nan se referia a Deus - mas parece que ele não está ouvindo...
-Querida, tenho certeza de que Deus sabe o que está fazendo. Tudo vai dar certo - Essas palavras não trouxeram muito conforto, mas ele esperava que pudesse aliviar a tensão que ele percebeu na voz dela
Se despediram. Mack sentou e olhou o bilhete, desistiu, dobrou o bilhete, enfiou-o numa pequena lata que ficava sobre a mesa e apagou a luz.
Foi para a sala, e sem afastar os olhos da tv, estendeu a mão e pegou um porta-retrato que estava na mesinha do canto e apertou-o contra o peito. Nele estava a imagem de uma menininha. Puxou os cobertores até o queixo e se aninhou mais fundo no sofá.
Quem sabe esta noite ele não teria pesadelos.



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