Aids, Ai da África
(Carlos Rossi; ?Mega Arquivo)
AIDS, Ai da África
Tal síndrome vem absorvendo ainda mais os já exíguos recursos do continente. É provável que haja entre 2 e 3 milhões de portadores do vírus. Se a cada ano 1% deles adquirirem a doença (estimativa moderada) se registrarão a cada ano 10 mil casos novos. O que difere lá é que as contaminações são mais comuns por via heterossexual, o contrário ocorre na Europa e EUA, onde as transmissões são feitas principalmente por via homossexual. Carente de recursos adequados, sujeita a desnutrição e a anemia, a população africana está muito mais vulnerável á destruição pelo vírus HIV. Com uma média anual de gastos de 1,75 dólares por pessoa apenas, em algumas regiões, em algumas regiões, 20% dos doadores de sangue têm anticorpos HIV. Apesar dos esforços das autoridades sanitárias para combater a epidemia, a contaminação não para de aumentar. A incidência dos anticorpos HIV entre as prostitutas de Nairóbi subiu de 4% em 1980 para 59% em 1986. A doença ataca também o setor produtivo, já que a idade média dos aidéticos é de 33,6 anos, o que prejudica a força de trabalho.
O que esperar do futuro?
As tentativas para solucionar os problemas de desenvolvimento e de melhorias nos serviços de saúde tem fracassado. Grandes projetos como o da construção de enormes represas não tiveram impacto positivo na economia, pelo contrário, provocaram efeitos adversos sobre as condições de saúde. A ajuda estrangeira tem decrescido a proposta de uma nova ordem econômica mundial parece fadada ao insucesso; destinada a tornar mais justo o comércio internacional e dar chance aos menos favorecidos de progredir e se industrializar. Para minimizar os problemas africanos as cifras são astronômicas: pelo menos a metade da população tem que ter água potável,é necessário vagas escolares para pelo menos 18% da população, um milhão de novos leitos hospitalares, mais de 155 mil médicos e outros 640 mil funcionários na área de saúde; 2,8 de professores e criar 72 milhões de vagas escolares. As despesas só no setor de saúde e educação chegariam a 7,8 bilhões, só para atender as exigências mínimas. Por uma série de motivos, mas principalmente por egoísmo da comunidade internacional, as verbas tem sido insuficiente. Os gastos militares no mundo aproximam-se da marca de 1 trilhão de dólares enquanto a ajuda oficial corresponde á miserável ajuda de 0,33% do PNB dos países ricos, menos de 35 bilhões de dólares, onde apenas 3,9 bilhões se destinam a programas de saúde. Como problemas sociais e pobreza existem mesmo nos países ricos, isso dificulta ainda mais o desvio de recursos para o exterior. O setor militar, porém poderia reduzir seus gastos sem prejuízos sociais. Com uma bem planejada transferência de tecnologia militar para a indústria civil, não haveria desemprego.
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