Resumo de A CABANA CAPITLO 5

Ficou parado olhando-a, como estômago removendo-se em uma grande bola. Superficialmente nada teria mudado. Acabana parecia morta e vazia. Ignorando o pânico crescente, Mack desceu com decisão os últimos 100 metros e subiu os degraus da varanda.
As lembranças e o horror da última vez, voltaram à memória e ele hesitou antes de abrir a porta.
- Olá? – chamou não muito alto – Pigarreando, chamou de novo - dessa vez mais alto – Olá tem alguém aí? – Sua voz ecoou no vazio. Sentindo-se mais seguro, entrou na sala e parou.
Seus olhos começaram a se ajustar na semi-escuridão. Com a luz entrando pelas janelas quebradas, reconheceu as cadeiras, mesa. Não conseguiu evitar que seus olhos fossem atraídos para o único local que não suportaria olhar. Mesmo depois de alguns anos, a mancha de sangue desbotada ainda era visivelmente notada na madeira perto da lareira, onde o vestido de Missy tivera sido encontrado.
- Desculpe, querida. – Lágrimas começaram a juntar nos seus olhos e, finalmente o coração explodiu numa tromba-d’água, soltando assim a raiva contida e todas as suas emoções. Virando os olhos para o céu. Começou a gritar as suas perguntas angustiadas.
- Por quê? Por que você deixou que isso acontecesse? Por que me trouxe aqui? Por que logo aqui? Não bastou matar minha filhinha? Tinha que zombar de mim também? - Numa fúria cega, Mack começou a quebrar tudo em sua volta. Grunhidos e gemidos saiam de sua boca – Odeio você!.
Desesperado e derrotado, Mack se deixou cair no chão, perto da mancha de sangue. Tocou-a com cuidado. Era tudo que restava de sua Missy. Sussurando baixinho disse:
- Missy, desculpe. Desculpe se não pude proteger você. Desculpe se não pude encontrar você.
A raiva voltou ao seu coração e mesmo exausto ele aponto contra o Deus indiferente que ele imaginava encontrar-se em algum lugar acima do teto da cabana.
- Deus, você nem deixou que a encontrássemos e enterrássemos. Seria pedir demais?
- Então, onde está você? Achei que queria encontrar comigo. Bom, estou aqui, Deus. E você? Não está em nenhum lugar! Nunca esteve quando precisei, nem quando era pequeno, nem quando perdi Missy. Nem agora! Tremendo “Papai” você é! – disse isso cuspindo as palavras.
Mack ficou ali sentado no silêncio e no vazio do lugar. A Grande Tristeza se apoderou dele mais uma vez, mas essa dor ele conhecia pois estava familiarizado com ela, era quase uma amiga.
Olhou para o espaço aberto,
- Estou cheio, Deus – sussurrou. – Não posso mais. Estou cansado de tentar encontrá-lo em tudo isso. – E saiu pela porta. Decidiu que essa era a última vez que procuraria Deus. Se Deus o quisesse, teria de vir encontrá-lo. Enfiou a mão no bolso, tirou o bilhete e picou em pedacinhos. Com passos pesados e o coração mais pesado ainda, começou a caminhar de volta para o jipe.
Mal havia caminhado 15 metros pela trilha, sentiu um jorro súbito de ar quente. O canto de um pássaro rompeu o silêncio gelado.l O caminho de neve se derreteu. Mack parou e ficou olhando ao redor e a cobertura branca era substituída por uma vegetação radiante. O perfume das flores silvestres da montanha começou a encher o ar.
Ficou pasmo. Tudo mudara. A cabana dilapidada fora substituída por um chalé sólido e lindamente trabalhado com troncos descascados à mão.
- Estou pirando de vez – sussurrou Mack – Isso não pode estar acontecendo. Não é real.
Era o melhor lugar que Mack já vira em seus sonhos.
Na varanda, parou de novo. Vozes claras vinham de dentro. Quem estaria lá dentro?. Fechando os olhos, para ver se quando abrisse tudo isso sumiria, ficou surpreso, quando isso não aconteceu. Certamente isso era real..
Certamente Deus saberia que ele estava ali, como chama-lo? Pai? Todo-Poderoso? Ou talvez de Senhor Deus? Seria melhor ajoelhar-se e cair em adoração?

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