O MENINO LADRÃO E SUA MÃE - FÁBULAS
(ESOPO)
Deve ter sido o filósofo Xantos que contou a seus companheiros de práticas filosóficas, atribuindo a seu "anão horrível" Esopo a invenção desta fábula. Quem sabe se até a invenção do contador de fábulas Esopo foi outra treta pregada pelo filósofo grego? Há mesmo quem diga que nunca existiu tal fabulista, sendo ele próprio uma ficção. Vamos ao conto, onde ninguém até hoje conseguiu acrescentar mais um ponto. Um menino roubou umas tabuinhas de um amiguinho e trouxe para casa. Sua mãe, ao ver, nem repreendeu o ato desonesto e até mesmo elogiou-o pela habilidade. Algum tempo depois, chegou com um manto, contando que havia surrupiado da barraca de um mercador. "Muito bem! Mercadores são atravessadores que ganham a nossas custas!" Mais à frente veio com jóias que roubou após arrombar a casa de um rico senhor. Boa bolchevista, a mãe elogiou ainda mais: "A riqueza é um roubo! Merecem que lhes tomemos o que têm! Jóias, terras, casas..." Com todos esses antecedentes, seguiram-se atos mais arrojados e um dia matou sua vítima com uma facada e o fato caíu nas mãos de um bom defensor da ordem pública que reuniu a vida pregressa com provas irrefutáveis de estar frente a um irrecuperável e perigoso marginal e o juiz em sentença inapelável o condenou à forca. Antes de subir ao patíbulo, a mãe chorosa veio vê-lo. Ele estava finalmente lúcido e lhe disse: "Se me houvesses repreendido seriamente quando furtei as tabuinhas e me castigasses se repetisse, eu não chegaria a este triste final!" Que diremos de nossas escolas proibidas de ensinar, repreender, castigar? E ainda por todos os meios se divulgam "palavras de ordem" de violência anarco-sindico-campesina? Forme hoje boas escolas com bons professores para não precisar de cadeias amanhã!
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