Alasca: Um sopro de esperança em energia renovável
(''New York Times'' - Stefan Milkowski)
Uma das paisagens mais inóspitas dos EUA hoje é campo de teste para novas tecnologias de energias renováveis. Mesmo com o vento gelado soprando na vila esquimó de Toksook Bay, no mar de Bering, três enormes turbinas eólicas giram lentamente. A população nativa ainda olha desconfiada, mas ainda assim investem no "poder verde", não só por questões ecológicas, muito mais para economizar nas contas no final do mês. Os oficiais da Alaska Village Electric Cooperative acreditam que as turbinas ali instaladas pagarão a si mesmas através da economia de combustível em 17 anos, e seu tempo de vida útil vai de 20 a 25 anos. Mas como os ventos são muito imprevisíveis a cooperativa e outros fornecedores de energia estudam novos sistemas com geradores a diesel, que ajudam na produção de energia e são controlados eletronicamente, além de aquecedores elétricos que absorvem o excesso de energia.
Ainda hoje, em lugares remotos como este, o diesel que abastece os geradores é trazido pelas embracações e pode custar muito caro. Apesar do Alasca produzir muito petróleo, só perde para o estado do Texas nos EUA, a maior parte do que é produzido ali vai para fora do estado. Com a crise do petróleo em 2008, a governadora Sarah Palin e seus legisladores prometeram investir US$ 300 milhões em 5 anos em subsídios para companhias, produtores independentes e governos locais, contanto que eles se comprometessem a construir e desenvolver projetos de energia sustentável. Atualmente 24% da eletricidade produzida o estado vem de fontes renováveis, a maioria hidrelétricas. Ecoogistas da região acreditam que o Alasca tem tudo para se tornar um líder nacional , com grandes ondas e marés, ventos constantes da costa e rios intocados. Embora os impactos das mudanças climáticas seja muito evidente no Alasca, ainda é a questão econômica que faz os políticos da região investirem em energias sustentáveis. As turbinas eólicas ainda exigem uma engenharia específica para climas gelados e sua instalação tem custo elevado, mas são capazes de produzir energia sem uso de combustíveis, o que leva a custos bem mais baixos que os geradores a diesel. Uma pesquisa realizada em 2008 concluiu que a energia eólica era técnica e ecomicamente viável em mais de 100 comunidades no Alasca. Ou seja, é perfeitamente possível reduzir o custo de energia com a força dos ventos. A companhia Northern Power já tem turbinas funcionando em 8 comunidades do Alasca e está trabalhando em projetos para instalar em mais 45 comunidades. Moradores de Toksook Bay dizem que as turbinas eólicas são as responsáveis por suas contas de energia mais baratas.
Para Rger Bedard, do Eectric Power Research Institute, ainda há muito o que investir no Alasca, pois o estado tem mais de 90% dos recursos fluviais e de marés, e mais da metade dos recursos de energia relacionada às ondas do oceano no país. Para os habitantes da região que ainda vivem da caça e pesca, as turbinas eóicas , de tão altas, são importantes como ponto de referência para eles quando em alto mar, e de bônus ainda deixam as contas de energia mais baratas.
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