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Vidas SEPARADAS (PARTE I)
(Cathy Free)

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Numa clínica em Salt Lake City, nos Estados Unidos, a técnica de ultrassonografia movia o transdutor na barriga de Erin Herrin, que aos 20 anos era mãe de uma menina de 2 e estava com 18 semanas  da segunda gestação.
“Uau! Está vendo isso?”
“Dois corações! Parabéns, você vai ter gêmeos!” – disse a técnica.
Erin não ficou surpresa, sentira chutes a mais. Ela sorriu para o marido Jake, 21 anos e continuou segurando-lhe a mão.
O exame foi interrompido, e a técnica disse:
“Esperem um minutinho.” 
“Quero que o radiologista veja isso.”
Após uma ansiosa espera,  e estudo das imagens pelo profissional ouviram:
“Parece que vocês terão gêmeas xifópagas”, disse ele como se pedisse desculpas. “Infelizmente, não sei lhes dizer mais nada”, marcando uma consulta para um perinatologista.
Erin iniciou uma lista preliminar de perguntas. Por onde os bebês estão ligados? Podem ser separados? Terão uma vida normal? Vão sobreviver? Jake, tentou tranqüilizá-la:
“Não vamos entrar em pânico”, disse.
“Talvez só estejam presas por um pedacinho de pele e dê para separar.” 
Mas as gêmeas tinham muito mais em comum. Se chegassem a nascer, a única esperança de independência uma da outra e de alguém que cuidasse delas seria uma cirurgia de complexidade quase inimaginável. De fato, seria a primeira operação daquele tipo.
Quando chegaram em casa, naquele dia de outono de 2001, Jake e Erin pesquisaram sobre gêmeos xifópagos. Aprenderam que, em uma de cada 100 mil gestações, o óvulo fertilizado não se divide inteiramente em dois gêmeos idênticos e forma dois fetos unidos em algum ponto do corpo. Cerca de 70% deles são meninas, e, na maioria, os órgãos internos comuns às duas são gravemente deformados.  Até 60% dos gêmeos  xifópagos nascem mortos; dos que sobrevivem ao parto, 35% vivem um dia apenas. O percentual geral de sobrevivência é de 25%.
Em 1689, na Suíça ocorreu o primeiro caso de separação de gêmeos unidos superficialmente, sendo a técnica aperfeiçoada na década de 50. O percentual de sobrevivência depende de on-de os gêmeos estão ligados, varia de 82%, no caso de uma ligação apenas pelo abdome, a zero, quando os dois têm o mesmo coração.
No consultório do perinatologista, o casal soube que suas gêmeas estavam unidas frontalmente, pelo abdome e pela pelve. Tinham duas pernas (cada gêmea controlava uma), um só fígado e um grande intestino.  Para ter os bebês, Erin precisaria de uma grande incisão cesariana vertical, que talvez resultasse em muita perda de sangue, sendo alertada pelo médico das graves complicações e que estaria colocando em risco sua vida caso resolvesse continuar com a gravidez.
Mas, Erin quis continuar, sendo o casal encaminhado para a Dra. Rebecka Meyers, chefe de cirurgia pediátrica do Centro Médico Infantil de Salt Lake City.
Erin começou a perder sangue, e pouco depois a bolsa d’água se rompeu, ainda na 26ª semana de gravidez, conseguiram evitar o aborto, mas mantendo-se no hospital em repouso.
Em 26 de fevereiro de 2002, Kendra e Maliyah nasceram depois de sete meses de gestação. Pesavam juntas 2,83kg sendo levadas para a UTI, dos 3 rins só um funcionava, não sabiam quanto tempo o órgão agüentaria, receberam alta após 2 meses, e os pais começaram a pensar no futuro.
A  separação era o mais importante.  A melhor idade para separar gêmeos xifópagos é entre 6 e 12 meses,  o suficiente para suportarem a cirurgia e bastante cedo para evitar problemas psicológicos.
Na maioria dos aspectos, Kendra e Maliyah  eram boas candidatas à operação, o nível de sucesso nas gêmeas era de 63%.
Quando o casal contou suas esperanças à Dra. Meyers, foram desencorajados. Separar gêmeos que dependessem de um só rim, traria dificuldades para Maliyah, ela precisaria de hemodiálise até recuperar-se da cirurgia, e depois teria de fazer transplante de rim.
A mãe talvez fosse a doadora perfeita, mas bebês não suportam a diálise, e o corpo era para aceitar um órgão adulto. Teriam que aguardar quatro ou cinco anos.
Se  cuidar de gêmeos recém-nascidos já é trabalhoso, cuidar de dois bebês com a mesma parte de baixo do corpo é mais difícil ainda. Quando uma resfriava, a outra também adoecia. Passaram o primeiro aniversário na UTI.



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