Jogos Mortais V
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A franquia que no início apresentava uma estrondosa originalidade, agora, em seu quinto filme, cai na mesmice e quase não consegue prender o público frente às telonas. Houve sim uma melhora, porém nada se compara aos três primeiros filmes. Tudo se torna monótono e a morte de Jigsaw demonstra que nada o substitui nem mesmo a criação de um novo vilão interpretado pelo fraco Costas Mandylor.
O início foi muito previsível, porém a história do mais novo vilão surpreendeu a todos. Muitas dúvidas foram respondidas, mas ainda assim foi difícil entender o porquê de um detetive respeitado inesperadamente tornar-se um criminoso. Tudo bem que Jigsaw o ameaçou, mas estava muito forçado. Já não se vê a mesma espontaneidade de antes.
Se o ponto principal do primeiro filme era a originalidade, e os restantes se apoiaram na criação de um vilão profundo e bem desenvolvido, este apela para elementos batidos de filmes de terror, clichês e armadilhas não tão divertidas para os fãs da franquia. O desenvolvimento dos personagens é pouco e as motivações são bem mal criadas, deixando o roteiro corrido e com argumentos sofríveis.
Mais um regresso para a série é a previsibilidade enorme de tudo o que está acontecendo. Algo que já havia ocorrido no capítulo quarto de Jogos Mortais, que era previsível e aborrecido em termos de capacidade de surpreender o espectador. Aqui, porém, o resultado é ainda pior: todo o desfecho do roteiro, com o substituto de Jigsaw na matança desenfreada, é anunciado desde o começo do filme; e o destino do policial “bom” na trama é evidente mesmo para quem, creio eu, não tem nenhuma experiência anterior no gênero, pois bastam alguns poucos neurônios para saber o que se passará no final. E quando o final de fato acontece, a sensação de frustração é marcante: os roteiristas nem sequer tentaram desta vez.
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