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A Doença Emocional: Carência de Amor e o Surgimento de Neuroses
(Luzia Aparecida Falcão Costa)

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Por que será que há um avanço dos diferentes tipos de doenças emocionais na sociedade atual? Muitas são as causas, porém, faz parte do consenso psicológico que, de modo geral, estão relacionadas diretamente com as formas como cada indivíduo é introduzido nas experiências sociais. É certo que cada pessoa, por ser única, reage de acordo com sua maneira de ser e de encarar a vida quando exposta a diferentes circunstâncias em seu processo de desenvolvimento e integração à sociedade. Já foi devidamente comprovado que nenhum ser humano nasce neurótico, mas que pode se tornar mais um entre tantos já existentes, por fazer parte de uma sociedade neurótica, típica dos tempos atuais, confusos, incertos e repletos de atos violentos praticados por diferentes pessoas, pertencentes a diferentes classes sociais. Portanto, é a partir do momento em que a criança passa a fazer parte dessa mesma sociedade que inicia seu processo de deterioração mental e emocional, gerador potencial de futuros processos de neurose. Deve ser considerado como neurótico todo e qualquer indivíduo que apresente uma ruptura interior de sua personalidade e, a partir daí, passe a ser uma pessoa dividida: já não é mais apenas um, mas, múltiplos seres ao mesmo tempo. Há nele uma parte que reflete, raciocina, porém seus sentimentos oscilam e, normalmente, identifica-se muito mais com o que sente, em detrimento do que pensa. E este é mais um fator que contribui para que sentimentos de opressão e de repressão aflorem, tendo em vista que é norteado mais pela emoção que pela razão. E é aí que entra a grande responsabilidade que têm os pais e professores, já que são responsáveis pela formação tanto das crianças quanto dos jovens. É através da influência deles que esses novos seres devem ser moldados, aprendendo a reprimir e não entrar em sintonia com sentimentos negativos, já que, como se sabe, todos têm necessidade de se sentir amados e, para que tal sentimento seja concretizado, não podem abandonar sua essência interior, entregando-se a ilusórias sensações de aceitação grupal, pois quando uma pessoa deixa de ser ela mesma, passa a apresentar uma face sua que, por não ser original, obviamente é falsa. Este é um ponto relevante a ser abordado com as crianças e jovens, pois o mundo atual, por ser fútil e materialista, acaba por induzi-los a adotar falsas imagens de si mesmos, caminho aberto para que se instalem processos neuróticos futuros, já que passam a não perceber quais são sua reais e autênticas necessidades. Ao desconsiderar aquelas que são reais e substituí-las pelas simbólicas, o individuo passa a se sentir sempre insatisfeito, porque não encontra em ninguém a sua volta a resposta afetiva que tão profundamente aguarda: ser amado, necessidade básica, natural e inerente a todo ser humano. Daí a importância da orientação pessoal e de vida a ser dada, para que cada ser humano possa compreender que, embora grandes multidões estejam sempre prestando atenção nele, isso não será suficiente e nem lhe trará satisfação interna de forma plena, pois, sua necessidade básica de amar e ser amado só será preenchida por uma pessoa que se doe, lhe ofereça a tão almejada atenção e lhe dedique espontaneamente o amor que tanto busca e necessita.



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