Terra Dos Homens
(Antoine de Saint-Exupéry)
Falar de Exupéry é um prazer renovado, é como beber água cristalina de uma fonte inesgotável. Em Terra dos Homens, o autor se revela filósofo de verve extensa, mergulhando o leitor na análise do Homem que precisa ser desvendado: - Não compreendo mais essas popuilações dos trens de subúrbio, esses homens que pensam quue são homens e que entretanto estão reduzidos por uma pressão que eles mesmos não sentem, como formigas, ao uso que deles se faz. Como eles enchem, quando estão livres, seus absurdos pequenos domingos? (Página 127) Ou, quando relata-nos a universalidade dos homens: - É preciso, para tentar distinguir o essencial, esquecer por um momento as divisões que, uma vez admitidas, arrastam todo um Alcorão de verdades intocáveis, e o fanatismo conseqüente. Podem-se classificar os homens em homens de direita e homens de esquerda, em corcundas e não corcundas, em fascistas e democratas, e essas distinções são inatacáveis. Mas a verdade é o que simplifica o mundo, e não o que gera o caos, pois a verdade é o que exprime o universal.Página 147. Terra dos Homens, obra essencial do príncipe do deserto, é mais que necessária, é atual e se insere nos dias conturbados que vivemos. Mais que um escritor citado por alguma miss encantada com O Pequeno Príncipe, Antoine de Saint Exupéry é um poeta que desvenda o Homem e suas vicissitudes, um escritor que relata com apuro poético o invólucro da alma humana.
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