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O DESEJO DE ENSINAR E A ARTE DE APRENDER 2ª PARTE
(ALVES; Rubem)

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Em 2000, Rubem Alves foi levado para conhecer uma escola diferente. A escola foi apresentada a ele por uma menina de 9 anos. O autor conta ter se assustado quando a menina disse que para entender a escola ele teria que esquecer de tudo o que sabia sobre escolas.
Na Escola da Ponte não há turmas, alunos separados por classes, os professores não dão aula com giz e lousa, não tem provas e notas. Os alunos aprendem através de um pequeno grupo de seis pessoas que formavam em torno de um tema de interesse comum. E o professor é convidado para ser assessor.
A escola era uma grande sala com muitas meninas, crianças pequenas, crianças grandes, algumas com Síndrome de Down. Cada uma fazendo a sua coisa. Estantes com livros. Vários computadores. Algumas crianças lendo ou escrevendo. Outras consultando livros e a internet. Algumas professoras assentadas à mesinha junto das crianças. Ninguém falava alto. E ouvia-se, baixinho, música clássica.
Ao conversar com uma menina que consultava um dicionário Rubem Alves percebeu a sua consciência em escrever textos, para que os alunos menores lessem e entendessem o que ela havia escrito.
O texto que a menina escrevia não era lição que a professora lhe passou. Ela escrevia a pedido dos alunos mais novos.
Essa rede livre de comunicação, responsabilidade e ajuda estava exibida em dois quadros afixados na parede. Num deles estava escrito Preciso que me ajudem, no outro, Posso ajudar em. Esses quadros era o meio de comunicação de quem precisava de ajuda e de quem podia ajudar.
Na Escola da Ponte, havia um tribunal de alunos para os alunos indisciplinados. Era o tribunal que entrava em ação e tomava providencias disciplinares. Os professores não eram responsáveis pela disciplina. Podendo assim, professores e diretor se dedicar aos desafios prazerosos de aprender junto com o aluno. Algum tempo depois o tribunal foi abolido pela assembléia. Percebeu-se que ele era uma instância de punição e não de recuperação.
As crianças da Escola da Ponte eram tratadas como se fossem únicas, com seus próprios sonhos, ritmos e interesses. Todas tinham o direito à alegria.
Rubem Alves conta que na Escola da ponte não havia programas. Mas isso não quer dizer que a aprendizagem aconteça ao sabor dos desejos das crianças. Uma das tarefas do professor é “seduzir” as crianças para coisas que elas ainda não experimentaram.
Naquela escola as crianças tinham o direito de não ler o livro de que não gostavam.
Rubem Alves acredita que o corpo carrega duas caixas. Uma delas é a “caixa de ferramentas”, onde se encontram todos os saberes instrumentais que nos ajudam a fazer coisas. Esses saberes nos dão os “meios para viver”. Mas há também uma “caixa de brinquedos”. Brincamos porque o brincar nos dá prazer. Na caixa de brinquedos há saberes que nos dão “razões para viver”.
Em uma parede da Escola da Ponte encontravam-se as leis. Estas eram o “pacto social” de convivência entre crianças, professores e funcionários.
Ao final da caminhada pela Escola, a menina que apresentava a escola à Rubem Alves indicou-o um computador. Nesse computador havia dois arquivos: Acho bem e Acho mal. Qualquer pessoa podia usar o computador para comunicar aos outros o que achava bem e o que achava mal.
O livro mostra que na Escola da Ponte os alunos aprendem totalidades. A totalidade vem primeiro e é só em relação a ela que as partes têm sentido.
Através da leitura e das palavras de Rubem Alves pode-se percebê-lo como um apaixonado pela Escola da Ponte. Assim como ele mesmo o reconhece. Ele conta que a escola o mostrou um mundo novo em que crianças e adultos convivem como amigos na fascinante experiência de descoberta do mundo. Aprender é muito divertido. Cada objeto a ser aprendido é um brinquedo. Pensar é brincar com as coisas. Brincar é coisa séria.
O autor conta que a amizade das crianças da Escola da Ponte o comove. Ele finaliza o livro dizendo que o maior prêmio para um professor é quando os alunos se tornam amigos dele. E afirma que um verdadeiro professor nunca sofre de solidão.



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