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Munique e o círculo vicioso da violência
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Na história do mundo atos cruéis foram cometidos em defesa da pátria, da religião, do poder e da vingança. Homens e governos promoveram genocídios que marcaram profundamente a humanidade. Para o filósofo alemão Friedrich Nietzsche, “Não há nada que consuma tão depressa quanto as paixões produzidas pelo ressentimento” - uma ferida não curada causa um eterno estado de enfermidade. No século XXI, velhos hábitos não mudaram, a intolerância, que geralmente vem acompanhada da violência, faz milhões de vítimas em um mundo descomprometido com a verdade e com o próprio homem, leva multidões a crer que o outro é o responsável pelo seu sofrimento, consequentemente, seu inimigo.

O histórico conflito entre o Estado Judaico de Israel e os militantes da Palestina, que optaram por atos classificados ‘terroristas’ (como o Hamas), voltou no início do ano a ser manchetes nos jornais de todo o mundo. Conflito que deixou, novamente, evidente a força bélico-militar de Israel em comparação com a do Hamas e no centro a indefesa população civil na Faixa de Gaza. O saldo das batalhas resultou em milhares de mortos sendo a maioria crianças, mulheres e idosos palestinos. O clima ainda continua instável na região e os frágeis acordos de trégua temporária sendo quebrados por ambos os lados.

Situações como essa nos faz refletir sobre o emprego descabido da violência e a real necessidade de uma guerra que jamais terá vencedores, mesmo que cada lado vocifere que é o vitorioso. Por isso, vem à cabeça Munique (2005), filme que narra um dos acontecimentos mais marcantes na história deste conflito que serviu para elevar o ódio entre os povos palestino e israelense, a invasão da vila olímpica durante a Olimpíada de Munique, em 1972, por um grupo árabe que sequestra e mata nove membros da delegação israelense, gera a vingança do Estado Judaico. O governo de Israel recruta, não oficialmente, integrantes do Mossad (serviço secreto israelense) para que encontrem e liquidem supostos mentores intelectuais do ataque à vila, além de outros atentados de caráter antissemita. É o estopim para uma das maiores caçadas realizadas por um governo contra um grupo considerado terrorista. Assim, inicia o filme Munique, de Steven Spielberg, que nos aponta os legados que advêm da violência como: medo, desrespeito, ignorância e omissão; nos lembra que violência somente gera violência.

Steven Spielberg, que é judeu, conduz o filme com um correto distanciamento, apresenta os fatos e as consequências do terrorismo como principal arma - tanto para um lado como para outro. E, assim, nos conduz para a reflexão: a violência nunca é um mal necessário. Na loucura do cotidiano nos habituamos com todo o tipo de agressão considerando ser normal priorizar o poder, o uso da força e acreditar que os fins justificam os meios. Nos acostumamos com as cenas de ódio e sofrimento; com a ideia do Ocidente civilizado e o Oriente selvagem (e vice-versa); com a figura do opressor e oprimido; aceitamos que homens em posição vantajosa deliberadamente enganem e especulem para obter mais lucro e poder.

Ódio datado de tempos longínquos que se massificou após o término da Segunda Guerra Mundial, com a criação do Estado de Israel e a concentração dos palestinos nos campos de refugiados na Faixa de Gaza. O Estado de Israel não tem o reconhecimento dos palestinos e os israelenses não aceitam a criação do Estado da Palestina. A solução imposta pelas Organizações das Nações Unidas (ONU) resultou na intensificação da violência na terra de Jesus.

Quando o diálogo é vencido, todos perdem. O círculo vicioso da violência precisa ser rompido, senão a bola de neve continuará a descer cada vez maior e descontrolada.



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