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Construção da Subjetividade: as Graves Transformações do Mundo Atual
(Luzia Aparecida Falcão Costa)

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Todo ser humano é resultante, hereditariamente, de uma estrutura biopsíquica e do contexto sociocultural onde está inserido e se desenvolve. Durante todo o decorrer desse processo, vai agindo e reagindo sobre tudo que lhe é imposto e, assim, construindo sua autonomia subjetiva. Entretanto, na atualidade, em função das grandes mutações que o mundo e a humanidade vêm sofrendo, o indivíduo tem sido submetido à incorporação incondicional de novos paradigmas, relacionados diretamente às constantes reorganizações sociais. O importante é identificar que todos essas alterações são propositais e direcionadas por determinados mecanismos indutores externos, cujo intuito único é o de transformar todo homem em um ser submisso, desrespeitador de padrões, valores e costumes historicamente construídos, além de manipulá-lo e dirigir sua vida de forma tal que ele se enquadre nos ditames totalitários impostos pela sociedade da informação e de consumo. Tais ditames visam obstruir os processos de conscientização de tudo que se refere a estruturação do eu verdadeiro, impedindo, dessa forma, que se possa efetuar qualquer tipo de encadeamento de raciocínio lógico e seqüencial de tudo que se reporte ao verdadeiro saber. De forma concomitante, procura-se provocar o esvaziamento do real significado do valor das coisas, especialmente da essência humana, pois, o que se almeja é eliminar o espírito crítico e o estabelecimento de vínculos afetivos. Denota-se, portanto, que tudo é planejado com o intuito de transformar cada ser humano em uma coisa, igual a tantas outras existentes, um ser mecanizado, desprovido de valores humanísticos, transformando-o em um ser disponível, que apresenta atitudes impensadas e compulsivas, não alinhadas e nem compatíveis com seus reais desejos e aspirações. Há, pois, uma obstrução do processo de construção da subjetividade do indivíduo para que ele se torne uma simples mercadoria de fácil consumo, rapidamente descartável, manipulado por falsas verdades, que têm como propósito desencadear o processo de destruição do sentido pelo qual o sujeito se orienta no mundo real. A esse respeito, Hannah Arendt se posiciona afirmando que tais fatores acarretaram para o homem atual viver em um mundo em que a mentalidade e tradição já não são mais capazes de formular questões adequadas, significativas e nem de oferecer respostas às perplexidades, já que a mente humana deixou de funcionar adequadamente. Consequentemente, a subjetividade individual passou a ser orientada por esses falsos referenciais de essência individual, de ideal de vida e de verdade, e é por isso que se tem presenciado tantas barbáries cometidas pelos seres humanos atuais, provocadas que são pelos distúrbios de construção da subjetividade, choques de identidade e crises existenciais. Por isso, é tão relevante que cada sujeito esteja sempre atento e posicionado criticamente com relação aos padrões e valores que a sociedade vem buscando lhe impor, principalmente com tudo que se refere à sua imagem, pois um faz parte desses pressupostos salientar o valor a estética em detrimento da tipologia da ética



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