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É incrível como o ‘poder’ imposto a algumas pessoas pode torná-las intolerantes e ignorantes ao contexto real da vida.
Uma menina, jovem e pura, vítima de estupro, supostamente cometido pelo padrasto, seria obrigada a ter duas crianças que de certa forma seriam o souvenir das péssimas recordações de sua infância?
Acontece que a igreja, que sempre deteve moral e ‘poder’ em suas opiniões, atualmente se atola numa imensidão de notável equívoco em suas ações.
Católico sou, não fanático e nem questionador da doutrina, porém racional. Deus não nos deu tanta inteligência para não usarmos. Foi sim para que raciocinássemos e aplicássemos um juízo de valor baseado em seus próprios ensinamentos, sempre que necessário.
Ele não ensinou a discriminação, o estupro, a pedofilia, a violência e tampouco um tratamento de desigualdade entre os religiosos e os membros da comunidade. Isso tudo fora invenção nossa. E portanto, pergunto:
Por que um padre que comete pedofilia não é excomungado, ou SE é, não na mesma proporção em que o caso da referida garota, ou seja em plena Rede Nacional?
É complicado ver que o religioso impetrante da decisão de excomunhão de todos os envolvidos não tenha excomungado o padrasto que cometeu tamanha atrocidade, mas sim a família e os médicos que tentavam a libertar de um futuro trauma vivo e permanente da vida. Como permitir tal acontecimento a uma criança, cujo corpo ainda se encontra em desenvolvimento e nem possui a capacidade de autotutela?
Deixar com que crianças cheirem cola, se droguem das mais diversas formas, durmam na rua é o mesmo que realizarmos um aborto desse tipo, pois quando negligenciamos nossos irmãos, também estamos nos virando ao próximo e então, por que não excomungarmos todos os parlamentares que criam leis envolvendo aumento de salários e planos de carreira e que nada fazem pelo o menor abandonado? Ou mesmo por que não excomungar os ricos que não doam suas riquezas para o bem dessas pessoas?
Perguntas como essa só servem como base de reflexão, pois ao meu ponto de vista a igreja entra em contradição ao proclamar tal decisão. E, SE realmente fosse caso de excomunhão, seria necessário realmente que se informasse uma decisão em plena mídia nacional? Fato esse só serviu para gerar polêmica e descredibilizar a própria imagem.
Acredito sim, que médicos e família tenham cumprido seu dever e concretamente salvado a vida de três pessoas: da menina, inocente, pura e que merece brincar como todas as outras; e dos dois fetos, por livrá-los de um futuro inconseqüente presente neste mundo desvirtuado e perverso.
Deus nos pede para que sigamos os ensinamentos dele. Então para isso, necessitamos sempre estarmos em constate reflexão sobre nossos atos.
Houve o salvamento de vidas, e o conforto para uma menina, enquanto por outro lado somente a intolerância, a implicação de ‘dois pesos e duas medidas’, o julgamento e a condenação.
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