Menino de Engenho
(José Lins do Rego)
Romance publicado em 1932, Prosa Regionalista Modernista , com valores que consagraram o autor na Literatura Brasileira.
Na decada de 30 era como uma febre ,escrever sobre o cotidiano nordestino , mas em linguagem nova, apresentada desde 1922, na Semana da Arte Moderna,pelos participantes.
Seria um livro de memórias e seu primeiro titulo :"Memórias de um Menino de Engenho" , mostraria cenas de um passado e não uma perfeita análise da realidade. Saudosismo, sentimentalismo , ingenuidade e inocencia povoando esta bela obra ,onde o olhar do povo é até mesmo submisso e contrario às revoluções ou protestos da época.
O narrador-protagonista até tem desculpas para tal, devido ao seu passado, no qual seu pai assassinou sua mãe , foi preso e depois conduzido a um hospicio ,onde anos mais tarde morreu,vitima de paralisia geral .O menino tinha 4 anos de idade e desde então foi viver com seu avô , José Paulino ( senhor de engenho), dono do Santa Rosa .Teve asma, ficou ainda mais fragil, sentindo muito a falta dos pais e meio que deixado de lado, não fossem os cuidados de sua tia . Porém , logo ela se casa e ele torna-se ainda mais melancólico e solitario , passando a caçar passarinhos, para distrair-se .
Esses fatos fizeram com que o autor usa-se de muita emotividade,camuflando os problemas mais graves, narrando na primeira pessoa com subjetividade ,sem muita crítica . Inocencia fiel ao espirito infantil o q só mudaria quando adulto. Ele sofrera com as mudanças de sua rotina ainda em criança,até com as reclamações de seu avô, mesmo quando os empregados tinham o serviço em dia e se submetiam às exigencias do senhor de engenho. Ele mostrava José Paulino, como alguém que dava palpites nas atribuições do Estado , influenciando ate o judiciario, quando algum de seus protegidos estava em julgamneto, ou ate fazendo justiça com as proprias mãos .E o narrador ainda afirma, que seu avô era um honesto plantador de cana.Como se os senhores de engenhos fossem os responsaveis por um mundo melhor naquela época .Um certo saudosismo da parte do autor , que acompanhou a mudança (transição) onde o sistema de engenho( produção artesanal do açucar de cana), foi substituido pela usina( produção industrial).
Em sua infancia passou brincando no engenho com seus primos e com os filhos dos empregados. Sempre atento às conversas das cozinheiras e às historias fantasticas e folcloricas narradas pela senhora Totonha ,sem contar com os feitos politicos contados por seu avô.
Em meio ao cotidiano do engenho ,iniciou-se sua vida sexual. Passava observando a cobertura dos animais e também se masturbava com o incentivo da negra Luíza, para mais tarde apaixonar-se por uma prima de recife ,Maria Clara. Em seus sonhos com a moça , aflioravam seus desejos e acaba se envol-
vendo com Zefa Cajá a qual era caso de quase todos por lá. Ela fingia resistir,dizendo que o menino ainda cheirava a leite ,mas ele a comprava com coisas que pegava da casa grande e assim finalmente fez o que tanto desejava :ter sua primeira relação. Resultado ; doença venérea. Torna-se simbolo de menino perdido para alguns e de prodigio de masculinidade para outros .Carlinhos ainda tão garoto ,ja tinha o corpo sacudido pelas paixões.
Isso apressa sua ida para o colegio interno e o final da narrativa ; abrindo caminho à proxima obra : Doidinho.
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