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Viagem à Palestina
(Russel Banks; ... [et al.])

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Na primavera de 2002 uma delegação do Parlamento Internacional de Escritores fez uma viagem à Palestina a convite do poeta Mahmoud Darwish que, devido à situação política de seu território, ficou impossibilitado de comparecer a vários encontros em países estrangeiros.
O livro resultante dessa incrível viagem é uma coletânea de textos de sete escritores integrantes da delegação com mensagens de dois escritores que não fizeram a viagem e ainda um Apelo pela paz na Palestina assinado em 6 de março de 2002 por mais de seiscentos escritores, intelectuais e artistas de mais de trinta países.
O prefácio é um discurso de Mahmoud Darwish, pronunciado em 25 de março de 2002, no qual dá boas vindas à delegação e fala sobre a situação dos palestinos naquela data. Segundo o poeta, os palestinos sofrem do mal incurável chamado esperança. Essa esperança está carregada de sentidos diversos relacionados de modo geral à liberdade, mas também a muitos outros detalhes de uma vida considerada por eles ideal.
É fascinante notar que os escritores da delegação, independente de sua pertença cultural, retrataram a visita de formas muito semelhantes, ainda que singulares. Russell Banks, dos Estados Unidos, fala sobre suas impressões e se detém no tema dos israelenses que se recusam a servir o exército e lutar contra os palestinos. O autor destaca que esses jovens desertores buscavam apoio entre os estrangeiros, tentando eles mesmos compreender sua opção e aceitar as consequências dessa recusa. Bei Dao, da China, detalha em um texto mais extenso suas impressões sobre a viagem, as paisagens e situações que testemunhou. Sua visão pessoal traz muitas informações parecidas com a do autor estadunidense, mas sua forma de escrever é mais visual. Breyten Breytenbach, da Áfrida do Sul publica uma carta a Ariel Sharon, provavelmente como resposta à carta aberta a José Saramago que durante a viagem sofreu sérias represálias israelenses porque afirmou publicamente que o cenário da Palestina era muito parecido com o do Holocausto. A carta de Breytenbach é forte e agrega o conteúdo de um autor familiarizado com a política do Apartheid. Em seguida, Vicenzo Consolo, da Itália faz um paralelo entre as mulheres palestinas e o texto Mãe Coragem de Brecht. Com um discurso emocionado fala sobre sagas de mães e mulheres ao redor do mundo e transpõe todas essas realidades ao cenário em que estava inserido. Juan Goytisolo, da Espanha, faz referência a uma viagem que fez em 1988 ao mesmo território e compara a situação encontrada na primeira viagem e na segunda, detendo-se mais nas impressões do passado, como forma de se apegar a algo concreto em suas memórias para se apoiar na escrita do presente. Christian Salmon, da França, focaliza a destruição, a hostilidade, a violência, a brutalidade e enfatiza que as palavras, numa ocasião como aquela, perdem o significado e passam a ter outras conotações dependendo de onde são pronunciadas. Wole Soyinka, da Nigéria, faz uma analogia entre o conflito do qual era testemunha e a fábula de Ulisses na ilha de Polifemo - um cíclope.
As mensagens de Hélène Cixous e Jacques Derrida emolduram os textos com a empatia de quem não estava presente de corpo, mas tentava conectar-se em pensamento com os colegas viajantes.
Por fim, o Apelo Pela Paz na Palestina do Parlamento Internacional dos Escritores pede que a guerra seja reconhecida e seus efeitos discutidos, presta solidariedade aos civis, pede o fim da ocupação e propõe a acolhida a escritores palestinos na Rede de Cidades-Refúgio.



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