Resumo de Sexo ou Amor?

Essa semana, em uma reunião com amigas – e amigos-, a questão veio à tona mais uma vez. Porque homens fazem sexo e mulheres fazem amor?
A melhor explicação racional que encontrei para a pergunta está no livro do casal de psicólogos Bárbara e Allan Pease - “Why Men Don’t Listen and Women Can’t Read Maps” (quem disse que chick’s books não são úteis?) – onde eles respondem que o homem é mais racional para o sexo por causa do tamanho do hipotálamo (parte do cérebro que controla as emoções, a pressão sangüínea e as batidas do coração).
O hipotálamo é maior nos homens do que nas mulheres e isso, agregado ao fato de que o ser masculino tem até 20 vezes mais testosterona que a mulher, provoca a combustão sexual mais premente no homem.
Assim que, explica Bárbara e Allan, os homens são mais incontroláveis quando o assunto é sexo e conseguem divisar bem o ato sexual da paixão e do amor.
Ok, até entendo. Até porque, algumas vezes, me vi tentada a manter um relacionamento só pelo sexo, deixando minha dosagem de testosterona falar mais alto. Não funcionou, claro!
O problema é lidar com essa dualidade de “é sexo ou amor?”. Porque para evitar a auto-punição moral, a gente tende a maquiar de paixão, ou amor, um grande tesão. Ou seja, quando nos sentimos atraídas por alguém, logo nos colocamos na condição de apaixonadas.
Ainda é difícil, mesmo para as mais liberadas, se entregar totalmente na cama sem esperar um feedback emocional do homem.
Assim que, quando nos envolvemos com alguém fica difícil saber, realisticamente, se estamos apaixonadas ou não; Se é só tesão ou é amor.
Vejamos sob o ângulo de exemplos práticos. Uma mulher conhece uma cara, fica por ficar, não dá nem muito crédito. Mas na cama ele se revela “o mestre”; a coloca em posições que ela não viu nem no Kama Sutra e preenche todas as necessidades físicas dela. No dia seguinte, fatalmente, ela estará enxergando o mundo cor-de-rosa e se declarando apaixonada.
Mas é amor ou é sexo? Se o mesmo acontece com os papéis invertidos, como o homem sendo surpreendido pela destreza sexual da mulher, certamente não será amor!
Imaginemos outra situação: a mulher vê um cara bonito, regularmente, em ambientes neutros. Pode ser um vizinho, um amigo de um amigo, ou alguém que ela conheça apenas socialmente.
Se o cara é bonitinho mesmo, ela desenvolve uma certa “necessidade de conhecê-lo melhor” e muitas vezes fica semanas, ou meses, fantasiado sobre o cara. Logo pensará estar apaixonada e pode até cobiçar um relacionamento mais duradouro sem sequer saber se o dito cujo sabe beijar – e isso é um turn on para qualquer relação.
Já o homem, que cobice uma bonitinha assim, vai estar apenas pensando em sexo.
E se você só quer saber de passar um fim de semana tranqüilo, num lugar paradisíaco, a dois? É por sexo ou por amor? Se você fica na cama, à noite, só pensando em estar do lado daquela pessoa que conhece todos os recônditos do seu corpo? É sexo ou amor?
E quando um adoece, o outro leva sopa e remédios para acelerar a cura. É por sexo ou por amor?
E quando você perde a concentração no trabalho e viaja pra longe pensando ‘naquela pessoa’? É por sexo ou por amor?Ou quando você, depois do sexo, só tem vontade de ficar acordada perpetuando os bons momentos vividos? É por sexo ou por amor? É sexo ou amor? É sexo ou amor? É sexo ou amor?
Um colega meu definiu da seguinte forma: sexo você faz, amor você sente! Esclareceu alguma coisa para você? Nem pra mim. Mas na dúvida vou seguir praticando os dois, sexo e amor, e quem sabe no meio do caminho encontre a resposta.

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